Transição de carreira: foque, mas diversifique!

Já refletimos juntos no artigo “Criar asas para voar” sobre o momento de transição de carreira, que acontece algum dia e uma boa reserva financeira é imprescindível. A conclusão seguinte é que não basta estar em cima de uma base sólida, mas sem estímulo ou coragem para saltar e voar. E como criar asas fortes para fazer esse voo?

Diversificação x transição de carreira 

Dentre os 4 fatores mencionados no artigo citado acima, que fortaleceram as asas que me permitiram fazer este salto está a Diversificação.  Vou contar uma história:

Meu marido e eu, durante muito tempo, ficamos exclusivamente concentrados em trabalho e família. Quando os meninos eram pequenos, a grana era curta e o boleto do financiamento da nossa casa chegava todo mês, não achávamos que dava para diversificar muito as atividades da nossa vida. Aliás, nem pensávamos nisso, não era para nós! O problema é que quando os meninos cresceram, começou sobrar dinheiro e a casa estava paga, por um tempo continuamos naquela mesma vida de trabalho e família, ponto final.

Éramos dois chatos. Chatos com os meninos, chatos um com o outro, super exigentes e um tanto sem graças também.

A página desta história virou quando meu marido passou por um programa de coaching na empresa em que era sócio. O propósito obviamente era ajudar os sócio e executivos do grupo a obterem melhor performance profissional, e o que ele descobriu foi que precisava cuidar de um lado da vida dele que estava omisso, ele mesmo.

Um dia ele chegou em casa e me disse: “Quero comprar uma moto, você me apoia?” Eu disse, “Claro que sim!”. Nossa vida mudou no dia em que ele decidiu olhar para dentro e fazer algo por ele mesmo. Eu embarquei com ele nesta aventura que transformou nosso casamento, nossa relação com a família, criamos uma infinidade de amigos e um estilo de vida que nos tornou mais produtivos, criativos, ousados, mais leves, mais divertidos, mais felizes.

Mas essa é uma longa história que deixo para contar outro dia e não quer dizer que você precisa comprar uma moto para ser feliz, mas precisa olhar para si e fazer algo além por você mesmo(a).

Aí eu te desafio a pensar se é possível estar focado no trabalho, dando o melhor de si, entregando resultados, se aperfeiçoando e inovando, enquanto busca outros interesses tanto na vida pessoal quanto profissional.

Não recomendo a ninguém trabalhar sem um foco muito claro, mas diversificar e cuidar dos próprios interesses nos torna pessoas mais interessantes, nos permite desenvolver outras habilidades, ampliar nosso espectro de possibilidades.

Posso citar algumas formas de diversificação, como:

• se engajar com outras comunidades ou grupos de pessoas fora do ambiente de trabalho; 
• desenvolver outras habilidades que podem ser relacionadas a esporte, música, dança ou até mesmo em diferentes trabalhos voluntários;
• ter um hobby que proporcione uma válvula de escape da tensão do dia a dia e fazer amigos;
• buscar segmentos alternativos para se desenvolver por meio de cursos, estudos, participação em projetos paralelos, mesmo que correlacionados de alguma forma com a atividade atual.

Acreditem! Diversificar, neste sentido, nos torna profissionais mais preparados emocionalmente para o que vem pela frente. 

Aquela empresa que meu marido era sócio foi vendida, ele continuou empreendendo e hoje se considera em transição de carreira. 

Nesta foto linda meu marido está com uma turma de grandes amigos nossos numa trip de moto pela Bolívia e norte da Argentina, feliz da vida, curtindo sua liberdade e aproveitando o que conquistou diversificando seus interesses. 

Organize seu tempo, priorize o que é importante e você consegue diversificar!

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