Etarismo x diversidade: profissionais 50+ em alta entre as empresas

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    Etarismo x diversidade: profissionais 50+ em alta entre as empresas

    O que seria do universo corporativo sem a diversidade? Graças às transformações sociais das últimas décadas, boa parte das empresas já não se contenta com a homogeneidade na formação de suas equipes. Essa é uma ótima notícia! Entretanto, ainda há pendências no que se refere à presença de profissionais 50+. Por isso, combater o etarismo é o novo desafio das organizações.

    Muito se fala em longevidade, mas a grande questão é: “Por que pessoas com mais de 50 anos não são consideradas como força de trabalho em um país que envelhece?”. Essa é a pergunta levantada pela EY Brasil, que desenvolveu um estudo em parceria com a Maturi. A pesquisa revela que a população 50+ representa uma parcela de aproximadamente 10% no quadro de funcionários de muitas empresas.

    Definitivamente, essa porcentagem não é suficiente para contemplar pessoas que estão nessa faixa etária e têm a possibilidade de atuar profissionalmente, mas a tendência é que o volume aumente nos próximos anos.

    Continue acompanhando o artigo e saiba mais sobre o assunto!

    O que é Etarismo?

    Embora o avançar da idade seja um processo pelo qual todas as pessoas irão passar, o tema ainda é um tabu e motivo de preconceito na sociedade. Nesse sentido, denomina-se etarismo a discriminação que se baseia em aspectos relacionados à idade de alguém.

    Trata-se de uma visão equivocada e estereotipada a respeito dos comportamentos, da aparência e do valor das pessoas idosas. Tais atitudes excludentes podem ser notadas em todos os lugares, inclusive no mercado de trabalho.

    A boa notícia é que os ventos estão mudando, começando a soprar a favor daqueles que passaram dos 50 anos e pretendem seguir ativos em suas carreiras.

    Por que, atualmente, as corporações estão se voltando para os profissionais 50+?

    Várias empresas têm se dedicado a incluir profissionais acima dos 50 anos e contrariar o etarismo, a exemplo do Banco Neon, Credicard e Kimberly Clark. A PepsiCo também entra nessa lista devido à criação de um programa chamado Golden Years, cuja finalidade é a recolocação profissional de trabalhadores 50+.

    E o movimento parece ser crescente. De acordo com a pesquisa da EY com a Maturi, é estimado que, em 2040, 57% dos trabalhadores ativos terão mais de 45 anos. A motivação das empresas para esse fenômeno remete a algumas questões, sendo uma delas a diversidade etária.

    Ainda que haja possibilidade de conflitos geracionais, é fato que as trocas entre os profissionais mais velhos e os das gerações Y e Z tem potencial para render bons frutos. Nessa mesma lógica, a experiência sênior vem sendo valorizada, sobretudo no quesito comunicação com o público da mesma faixa etária.

    Ao que tudo indica, as companhias estão em busca de equilíbrio no seu quadro de colaboradores, de modo que cada perfil possa contribuir com seus atributos específicos.

    Quais são as características desse perfil profissional?

    A experiência profissional e a bagagem de vida são as principais características vistas em pessoas que ultrapassam os 50 anos. Esses pontos se desdobram em:

    • autoconhecimento;
    • comprometimento com a empresa;
    • habilidade de comunicação bem desenvolvida e
    • aptidão para liderança.

    Além disso, é importante desmistificar a ideia de que esse público não tem afinidade com a tecnologia. Bom, em alguns casos pode até ser verdade, mas isso não é uma regra.

    Aliás, aprendizagem é algo que não tem limite de idade, não é por acaso que existe o conceito de lifelong learning, que significa “aprendizado ao longo da vida”. Tal fato demonstra que as barreiras em relação ao mundo digital podem, sim, ser superadas, já que uma das características desses profissionais é a vontade de aprender.

    Outra questão importante a ser pontuada: a contratação de trabalhadores 50+ pode ajudar a diminuir a rotatividade na sua empresa, tendo em vista que esse perfil apresenta mais estabilidade quanto ao emprego.

    Quais as skills necessárias para os 50+ despertarem o interesse das empresas?

    Felizmente, o etarismo vem perdendo espaço entre as organizações. Mas, afinal, o que as empresas realmente esperam dos profissionais mais experientes? Quanto às habilidades técnicas, as hard skills, já sabemos que as companhias prestigiam a longa experiência de quem já trabalha há muitos anos.

    O foco maior está nas soft skills, ou seja, as habilidades sociocomportamentais. A que mais se destaca como requisito para a admissão desse público é a inteligência emocional para lidar com situações de pressão e a dinâmica de trabalho em grupo.

    A escuta ativa também faz parte das habilidades que interessam às empresas e que podem ser encontradas em profissionais acima dos 50, sobretudo naqueles que possuem desenvoltura para liderança.

    Por fim, a autonomia é mais um atrativo para que os 50+ ocupem cargos nas organizações que buscam promover a diversidade etária, ajudando a evitar o microgerenciamento.

    Etarismo x valorização da diversidade etária nas companhias

    Como você pôde conferir neste artigo, o combate ao etarismo é uma pauta de suma importância na atualidade. E a sua companhia tem atuado na valorização da diversidade etária entre os colaboradores? Conte para a gente nos comentários abaixo e aproveite também para ler nosso outro conteúdo com o tema Conflito Geracional: é possível superar as adversidades no ambiente corporativo?

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