Inteligência emocional dos funcionários: é possível desenvolver?

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    Liderança

    Inteligência emocional dos funcionários: é possível desenvolver?

    Uma pesquisa da Talent Smart comprova que 90% dos profissionais com melhor performance têm altos níveis de Inteligência Emocional (IE). O assunto foi tema de reportagem no Portal Exame, tamanha sua importância na carreira das pessoas. Mas será que é possível desenvolver a inteligência emocional de um funcionário? Continue lendo o nosso artigo para entender melhor:

    O que é inteligência emocional?

    O conceito de Inteligência Emocional surgiu, em 1990, a partir de dois artigos publicados pelos pesquisadores Peter Salovey e John Mayer. Na primeira publicação, os estudiosos propuseram como definição inicial de inteligência emocional: “a habilidade para controlar os sentimentos e emoções em si mesmo e nos demais, discriminar entre elas e usar essa informação para guiar as ações e os pensamentos”. 

    Já na segunda publicação, os autores ofereceram as primeiras demonstrações empíricas de como a inteligência emocional poderia ser considerada como uma habilidade mental.

    Porém, o conceito só veio a se tornar conhecido mundialmente após a publicação do livro Inteligência Emocional, em 1995, pelo psicólogo e jornalista, Daniel Goleman, autor do Best-seller Inteligência Emocional. 

    A publicação do livro de Goleman ampliou o significado da expressão, traduzindo-a como a capacidade de identificar os próprios sentimentos e os dos outros, de modo a se motivar, administrar bem as emoções e os relacionamentos interpessoais. Aprender, também, a compreender os sentimentos e comportamentos do outro. 

    Quando um profissional sabe reconhecer e lidar bem com seus próprios sentimentos e usa isso em benefício próprio, podemos dizer que ele tem inteligência emocional. O conceito também significa compreender as emoções alheias, construindo afinidades e vínculos saudáveis. 

    Qual a importância da prática no ambiente corporativo?

    A maioria dos funcionários inteligentes emocionalmente tem autonomia e é consciente de seus próprios limites. A boa saúde psicológica leva a uma perspectiva positiva sobre os desafios e metas a serem cumpridas.  Por isso, a importância da inteligência emocional no trabalho. 

    Afinal, o universo corporativo demanda muito das pessoas. Percebemos cada vez mais o quanto profissionais que atuam nos mais diversos segmentos trabalham sob constante pressão. O desgaste e o estresse fazem parte da rotina na maioria das empresas. 

    Neste cenário, a inteligência emocional é crucial para as pessoas conseguirem controlar suas emoções equilibradamente, administrar sentimentos e comportamentos sem comprometer negativamente os resultados. 

    Quais as 5 habilidades da Inteligência Emocional?

    Dominar as habilidades da Inteligência Emocional é essencial para evitar atitudes impulsivas. Segundo Goleman, os cinco pilares são determinantes para se ter êxito nos relacionamentos e no trabalho e até bem-estar físico:

    1.Automotivação

    Automotivação é se interessar genuinamente pelo trabalho, alimentando atitudes que levem à vontade de seguir sempre em frente, rumo aos objetivos. Quem se automotiva não espera de um colega ou do seu gestor ações estimulantes para realizar seu trabalho de forma bem feita. Há o sentimento de que é bom colocar planos em prática. 

    Isso torna o trabalho mais agradável e a rotina mais interessante. Os projetos e demais responsabilidades deixam de ser vistos como peso e obrigação e são considerados como algo prazeroso e suave. Quem se auto motiva estabelece metas para si mesmo. 

    2.Autorregulação

    Para gerenciar as próprias emoções, é preciso autoconhecimento. Somente assim é possível usá-las a nosso favor. A conscientização sobre as emoções é fator essencial ao desenvolvimento da inteligência emocional na medida em que percebemos o que sentimos e como os outros enxergam isso. 

    Muitas vezes, achamos que nosso modo de agir é certo e bem aceito. No entanto, quem está ao nosso redor pode interpretar nossas atitudes como sendo rudes ou inadequadas, por exemplo. Portanto, é bastante interessante conhecer as percepções alheias e adaptar a cada situação vivida para otimizar a nossa inteligência emocional. 

    3.Autoconsciência

    A autoconsciência é a capacidade de olhar para si mesmo com honestidade e também está diretamente relacionada ao autoconhecimento. Se você domina essa habilidade, conhece como ninguém suas fortalezas e desafios. E também saber analisar como suas ações impactam sobre si mesmo e sobre as pessoas à sua volta. 

    Profissionais autoconscientes tendem a lidar melhor com as críticas e aproveitam os feedbacks para melhorar ainda mais seu próprio desempenho. Sem julgamentos ou autocrítica excessivos, mas identificando pontos fracos e fortalezas. Postura essa que fortalece o poder de superação das eventuais falhas.

    4.Habilidades Sociais

    As situações no dia a dia do trabalho demandam habilidades de relacionamento e compreensão sobre as nuances humanas. A soft skill de inteligência emocional depende de como é a nossa interação com os outros, como negociamos e como exercemos nosso poder de liderança quando é preciso. 

    Nossas posturas demonstram crenças, necessidades, características e padrões de comportamento. São elas que geram sentimentos, às vezes, controversos e que beneficiam ou prejudicam as relações pessoais.

    5.Empatia

    É nas situações de conflito, que a necessidade de inteligência emocional é mais evidente. Você já deve ter notado que quando alguém não sabe modular o que sente, tende a não ser empático, não dosando suas reações. Assim, os problemas podem ganhar maior dimensão do que realmente têm. 

    Abre-se espaço para ofensas, frustrações, mágoas e prejuízos. A inteligência emocional é um ingrediente indispensável na resolução de conflitos. Isso porque promove relacionamentos de qualidade, impactos positivos ao clima organizacional, aumentando a satisfação de todos e a produtividade. 

    Inteligência Emocional: como ajudar os funcionários a desenvolver

    • Capacite os líderes 

    A liderança exerce um grande papel no desenvolvimento de talentos. Temos a convicção de que o desenvolvimento dos líderes faz toda diferença na hora de ampliar as habilidades emocionais das equipes e colaboradores. Quando eles são inspiração e bom exemplo para os funcionários, a produtividade do todo aumenta exponencialmente.

    Os líderes também merecem atenção no desafio de lidar com situações delicadas. É necessário que eles estejam preparados para lidarem com cenários inesperados, por exemplo, mudanças de planejamentos estratégicos, conflitos internos, etc.

    Quando o gestor sabe lidar com suas emoções, os demais percebem e se motivam a fazer o mesmo. 

    • Incentive o autoconhecimento e a comunicação

    Como comentamos em “autoconsciência”, uma forma primordial para desenvolver a inteligência emocional é o autoconhecimento. Muitos funcionários não têm consciência de seus próprios padrões e perfis comportamentais. Assim, não lidam bem com as críticas dos demais a respeito de suas atitudes. 

    Uma das formas para contribuir com o autoconhecimento dos funcionários é disponibilizar assessments  “instrumentos de avaliação” de Inteligência Emocional que medem um conjunto de habilidades sócio emocionais que influenciam a maneira como percebemos e expressamos a nós mesmos, desenvolvemos e mantemos relações sociais, tomamos as melhores decisões, lidamos com conflitos e gerenciamos o estresse. Acessar estas informações possibilita ao funcionário desenvolver e ampliar estas habilidades. 

    Se eles adquirem maior controle sobre si mesmos e compreendem maneiras de se motivar, tudo melhora. O mapeamento comportamental, feito por especialistas, propicia esse autoconhecimento, fornecendo relatórios com as tendências comportamentais da equipe. Este conteúdo gera conversas ricas e troca de impressões sobre escuta, respeito, empatia e relacionamento.

    • Disponibilize palestras sobre o tema

    Palestras, rodas de conversa e workshops são úteis para o desenvolvimento da inteligência emocional. É uma estratégia que aumenta o engajamento dos funcionários e o interesse em aperfeiçoar as habilidades emocionais.

    São encontros que rendem melhor entendimento do conceito. Como consequência, vem o aprendizado sobre autocontrole frente às situações difíceis e administração correta das emoções negativas. 

    Mudança de paradigmas

    Os desafios impostos hoje pelo mercado de trabalho instiga lideranças e colaboradores a agir diferente, mudando posturas e quebrando paradigmas. Se continuarmos fazendo tudo como sempre fizemos, será impossível alcançar resultados diferenciados, principalmente em um contexto pós-pandemia.

    Mesmo que um profissional tenha experiência, pós, mestrado e doutorado e domine diversos assuntos, se ele não souber controlar suas emoções, não encontrará seu propósito profissional e pessoal. A falta de inteligência emocional dificulta as conquistas no mundo do trabalho, sejam as individuais ou coletivas. Por isso, é de extrema importância contar com o auxílio de profissionais experientes para contribuir nessa jornada rumo ao desenvolvimento da inteligência emocional dos colaboradores da sua empresa. 

    Percebeu como é importante o papel das lideranças no desenvolvimento da inteligência emocional? Agora, leia também nossas 5 dicas indispensáveis para lideranças no Pós-pandemia!

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