Conflito geracional: é possível superar as adversidades no ambiente corporativo?

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    Conflito geracional: é possível superar as adversidades no ambiente corporativo?

    O mercado de trabalho já não é mais o mesmo e cabe às lideranças e aos profissionais de RH analisar a atual configuração das equipes para conciliar as diferenças. Isso porque tem acontecido algo recorrente no mundo corporativo: o conflito geracional, causado pela quantidade de gerações ocupando o mesmo espaço.

    Se você, gestor(a), vem enfrentando essa realidade, já sabe o quanto o contexto é desafiador, afinal, como gerenciar grupos com visões de mundo tão distintas?

    O conflito de gerações e a produtividade

    As adversidades no ambiente de trabalho surgem e, logo, os efeitos dessa questão também se fazem presentes. Um estudo da ASTD Workforce Development com a VitalSmarts indica algo similar: o choque entre as gerações provoca queda de 12% na produtividade, sendo que a maior ocorrência de embates é entre os baby boomers e os millennials.

    Discutir este assunto é imprescindível para que o RH e as demais lideranças alinhem seu posicionamento frente a esse contexto, elaborando estratégias que possam minimizar a problemática.

    Neste artigo, você encontra informações sobre o perfil de cada grupo e dicas para melhorar o clima organizacional. Siga a leitura!

    O que é o conflito geracional no trabalho?

    Ter equipes homogêneas no ambiente corporativo é coisa do passado! Se antes havia um perfil de colaboradores padronizado nas organizações, hoje o cenário já é bem diferente.

    Fatores sociais, econômicos e culturais provocaram um fenômeno nunca antes visto no mundo dos negócios. Atualmente, a nova realidade configura-se pelo convívio entre funcionários de idades variadas em uma mesma empresa, inclusive em um mesmo setor.

    Os profissionais ativos hoje em dia nasceram entre 1945 e 2000, ou seja, a distância é notável.

    Um dos aspectos que motiva essa transformação é o fato de que muitos mais velhos prolongam seu período de permanência nas empresas, adiando a aposentadoria. Ao mesmo tempo, os mais novos têm chegado mais cedo no mercado de trabalho e em um volume significativo.

    Isso fica evidente em uma publicação da Forbes, a qual nos revela que aproximadamente 61 milhões de pessoas da geração Z devem compor o cenário laboral dos EUA nos próximos anos.

    O número é bastante expressivo e, diante da diversidade de faixas etárias nas organizações, aparecem certos obstáculos na relação entre os colaboradores, o que torna a tarefa de gerenciamento ainda mais desafiadora.

    Enquanto os mais experientes costumam ser desfavorecidos em habilidades tecnológicas, os mais jovens são vistos como pretensiosos e desapegados do trabalho. Esse é apenas um exemplo das adversidades que os líderes devem solucionar.

    Mas, antes das nossas dicas, vamos apresentar alguns aspectos de cada uma das gerações presentes no mercado de trabalho atual.

    Um breve panorama sobre as gerações

    Baby Boomers: nascidos entre 1945 e 1960, as pessoas que compõem essa geração fizeram parte do crescimento populacional que houve após a Segunda Guerra Mundial. São profissionais que admiram a estabilidade no trabalho e se mostram motivados a permanecer na empresa. Seu principal objetivo é garantir seu sustento, mas ainda conservam a ideia de vínculo com a companhia.

    Geração X: mudando um pouco a perspectiva do grupo anterior, os funcionários nascidos entre 1961 e 1980 já não se sentem tão ligados à empresa, algo que é tendência entre as próximas gerações também. Defendem uma hierarquia menos rígida, são ativos e comprometidos com o trabalho e valorizam as oportunidades de crescimento.

    Geração Y: os chamados millennials nasceram entre 1981 e 1990, já inseridos nas evoluções tecnológicas da época e, portanto, estão familiarizados com os recursos digitais. Por um lado, são profissionais multitarefas e criativos; por outro, são ansiosos e inseguros. O ato de questionar faz parte do perfil dos funcionários da geração Y.

    Geração Z: do fim dos anos 1990 até 2010 nasceram as pessoas da gen Z. Os colaboradores dessa faixa etária são ainda mais tecnológicos e têm a habilidade de encontrar soluções e respostas rápidas. Tanto a geração Z quanto a Y preferem empresas que adotam um modelo horizontal, além de não se prenderem a empregos que não representam seus valores pessoais.

    Podemos mencionar, ainda, a geração Alpha, que inclui pessoas nascidas a partir de 2010. É uma geração 100% digital, tudo funciona através das telas. Em breve eles também serão inseridos no mundo corporativo, o que pode aumentar o conflito geracional.

    4 lições importantes para superar os desafios na gestão conflito geracional

    Boa parte das adversidades entre as gerações se deve a ideias preconcebidas e falta de abertura para a interação. Por isso, separamos algumas lições preciosas a serem aplicadas como estratégia de gerenciamento de modo a aproximar os funcionários, independentemente da faixa etária.

    Confira!

    1- Esqueça os estereótipos para lidar com o conflito geracional

    Embora cada geração apresente características comuns que derivam de seu contexto sociocultural, é preciso entender que se trata de aspectos gerais. Nesse sentido, a classificação das gerações não deve sobrepor a individualidade de cada profissional.

    Sem dúvidas, os rótulos são uma grande barreira para a integração dos colaboradores entre si. O primeiro passo para superar o conflito geracional é manter um olhar humano e individualizado sobre os funcionários, favorecendo a convivência saudável no ambiente e a formação de equipes de alto desempenho.

    2- Crie um canal de comunicação

    Não há nada mais eficaz para mitigar o conflito geracional do que um bom diálogo. Um canal aberto de comunicação para toda a equipe é indispensável em qualquer companhia, sobretudo aquelas que lidam com diversas faixas etárias.

    A liderança deve, portanto, estar aberta ao diálogo e também estimular a comunicação entre os colegas. Dessa forma, a distância geracional pode se tornar mais equilibrada, e os profissionais passam a praticar a empatia e a compreensão uns com os outros.

    3- Incentive a boa convivência através de oportunidades

    A primeira coisa que lhe veio à cabeça foi o happy hour? Tudo bem, é uma opção totalmente válida, mas não a única!

    Os funcionários de todas as gerações podem estreitar os laços por meio de treinamentos corporativos e workshops, já que esses abrem portas para a troca de conhecimento. Nesse mesmo sentido, a mentoria reversa pode ser uma solução fantástica para quebrar o gelo entre os mais velhos e os mais jovens.

    4- Atente-se às habilidades de cada um

    Não é preciso pensar muito para perceber que as competências de cada membro de uma equipe se complementam. O gerenciamento tende a se tornar mais eficaz a partir dessa perspectiva.

    Por exemplo, se um funcionário possui amplo conhecimento acerca do mercado e outro tem habilidade com estratégias de marketing, a melhor alternativa é somar os esforços de ambos visando um objetivo comum.

    Com essas dicas, fica mais fácil estabelecer o convívio saudável entre os baby boomers e as gerações X, Y e Z, superando o conflito geracional dentro da empresa. E é possível aprimorar ainda mais sua gestão, quer saber como? Veja também nosso artigo com informações e dicas sobre Equipes de Alto Desempenho.

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