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Lifelong learning: Será que esta é a habilidade mais importante para desenvolver?
Sabe aquela sensação de estar perdendo algo? Perdendo uma oportunidade…
Minha percepção é que muitos de nós estamos com esta sensação, às vezes difícil de digerir, aceitar ou admitir.
Somos bombardeados a tomar decisões rápidas ou perderemos uma mega oportunidade, ficaremos para trás. Com a Inteligência Artificial (#IA) a sensação é de incapacidade frente aos algoritmos e as novas demandas a cada hora.
Hoje mesmo, quanto destes apelos passaram pela sua timeline que afetam nossa saúde, geram frustração e ansiedade. Ah, este é o pano de fundo – a nossa impotência frente a tantas distrações, ruídos, etc etc etc. Como nos manter atualizados e mentalmente saudáveis, frente a tantas informações e demandas sobre o que precisamos desenvolver?
Quero compartilhar algumas reflexões e provocações.
Separe seu café e venha comigo. Que estas palavras possam chegar como o seu café – do jeito que você preferir!
Quando estabeleço a “wish list” de cada novo ano, costumo escrever não só o “o quê” e o “como”. Eu “começo pelo porquê”. A clareza do propósito, do significado, daquilo que me inspira. O “porquê” me ajuda a chegar no como. Esta clareza traz luz para administrar os desafios que surgem ao longo do caminho.
Começar pelo porquê me energiza diariamente a fazer o que eu faço, da maneira como eu faço. A olhar para meus sonhos e objetivos com confiança e determinação. Esta inspiração vêm de Simon Sinek em seu livro “Comece pelo porquê”. Ao compartilhar esses pensamentos eu me energizo e reafirmo o meu propósito: conectar e impactar pessoas, compartilhando meus aprendizados, exercitando meus talentos, sendo eu mesma.
Ah, os porquês da minha wishlist são alavancas motivadoras para ter coragem de enfrentar e compreender fatores fora do meu controle e como me sinto e reajo a eles. Anos atrás, eu estava me sentindo frustrada por atrasos de cronograma e entregas de um projeto importante. Na ocasião, uma pessoa me disse: Imagine a vida dividida em três partes: ⅓ está com o universo, ⅓ com os outros e ⅓ está com você.
Você tem controle sobre o que está sob sua responsabilidade, sobre o que você sente, sobre como você é afetada. Quanto às pessoas com as quais você interage, você não pode obrigá-las a fazer o que você quer, o máximo que você pode fazer é influenciá-las e inspirá-las. Assim, suas ações impactam as pessoas ao seu redor e reverberam no universo, no mundo em que vivemos. Pense nisso!
Stephen Covey deixa mais claro esta equação ao descrever um princípio que chamou de princípio 90/10. Dez por cento da vida é composta pelo que acontece com você. Noventa por cento da vida é decidida por como você reage. Realmente não temos controle sobre 10% do que acontece conosco.Recentemente, lembrei desse caso e do quanto aprendi sobre ser “mais generosa comigo mesmo” e compreender o alcance de minhas ações, o quanto reverberam em mim e nos outros, o que eu não posso controlar e o que jogo para o universo – invariavelmente ele se encarrega de responder.
Partindo disso, tenho refletido sobre os desafios deste ano e junto com eles, as habilidades, comportamentos e atitudes para desenvolver como ser humano e como profissional atuando em Gestão de Carreira e Desenvolvimento de Liderança. Minhas reflexões, percepções e observações me levam a pensar em uma única habilidade apontada por muitos palestrantes e profissionais e presente em muitas listas de habilidades e competências que se você perguntar ao #ChatGPT , ele vai te fornecer.
LIFELONG LEARNING
“O conceito de educação ao longo da vida é a chave que abre as portas do século XXI; ele elimina a distinção tradicional entre educação formal inicial e educação permanente.” Jacques Delors O conceito foi criado nos anos 70 e ganhou força nos anos 90 e disseminado ao redor do mundo pela Lifelong Learning Council Queensland . Para mim, os 4 pilares do Life Long Learning difundidos mundialmente são atemporais e nos convidam a acalmar nosso coração, respirar e aprender.
Meu convite a você é focar em Life Long Learning, não só este ano, não só como uma habilidade que todas as listas apontam como importante; e sim, como uma habilidade para a vida toda, como algo a ser exercitado diariamente. Quatro pilares | LifeLong Learning: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser, aprender a conviver
1 – Aprender a conhecer: prazer e curiosidade em investigar, em adquirir conhecimento e compreender diferentes cenários, perspectivas, impactos, oportunidades. Isto possibilita desenvolver pensamento crítico e ter sua própria opinião.
Neste pilar, dentre tantas perguntas, eu reflito:
- O que quero saber sobre as tendências que impactarão o setor que atuo?
- O que quero investigar sobre uma carreira ou um empreendimento que ainda está no campo dos sonhos?
- O que quero aprender para exercitar outras áreas de conhecimento e descobrir outros talentos e aptidões?
- Quais sonhos estão guardados na última gaveta com a promessa de um dia aprender?
2 – Aprender a fazer: focar nas habilidades e competências para colocar em prática o aprendizado. Estar disposto a testar, avaliar, fazer de novo. Utilizar seus talentos e os potencializar a seu favor.
Aqui relaciono algumas provocações:
- Onde posso beber de novas fontes de conhecimento que impactarão minha carreira?
- Quais escolhas tenho disposição para fazer para atingir meus objetivos?
- Como me aproprio de meus talentos e realizações como alavancas para estes novos aprendizados?
- Quem pode me ajudar?
3 – Aprender a conviver: Respeitar opiniões e ideias diferentes, co-construir alternativas, escutar empaticamente, exercitar o não-julgamento, promover relações autênticas e mutuamente satisfatórias. Interessar-se genuinamente pelo outro.
- Como é difícil conviver e ser tolerante com o diferente?
- Como estabeleço relações mutuamente satisfatórias?
- Como revisito estas relações?
- Como saio da bolha onde me encontro?
- Como escutar ativamente visões diferentes do mundo?
- Como incluo e respeito a maior de todas as diversidades: a das ideias?
- Como construir uma rede de relacionamentos “netweaving” baseada no interesse genuíno pelo outro?
4 – Aprender a ser: refletir sobre o que é importante para si: valores, crenças e identidade. Sentir-se livre para exercitar seus talentos naquilo que mais lhe atrai, mesmo diante de tantos apelos para fazer o que todo mundo está fazendo, parar e refletir sobre ser genuíno, ser autêntico, ser quem você é.
Me pergunto:
- Quem sou eu hoje?
- No que eu sou boa (bom) e o meu entorno reconhece?
- Quem valoriza os meus talentos e os reconhece?
- O que me aproxima e o que me afasta de quem eu sou ou quero ser?
- Como está o equilíbrio em todas as áreas de minha vida?
- O quanto estou disposto(a) a assumir a responsabilidade pela minha própria jornada de vida e carreira?
Quero ser um lifelong learner?
Por fim, o mais importante ao olhar para os 4 pilares: Comece pelo porquê: Porque eu quero conhecer mais? Porque estou disposto a fazer isso?
Estas duas respostas estão alinhadas com quem você é? Elas contribuem para construir o ser humano que você quer ser? Elas te conectam a pessoas e organizações que desfrutam de valores que lhe são caros? Estas respostas te ajudam em sua jornada de autoconhecimento e busca de seu propósito?Aqui, do meu espaço de aprendizado e tendo presente o quão ignorante sou frente a complexidade e necessidades do mundo atual, escolhi a habilidade de LifeLong Learning como a mais relevante não só para este momento e sim para a vida toda.
Faz sentido para você? O que este texto reverberou em você? Compartilhe seus insights e percepções.
Me conta!
Obrigada pelo seu tempo!