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Inteligência Positiva: entenda o que significa e importância nas corporações
Quantas vezes você já se perguntou: por que estou sofrendo para tomar essa decisão, se eu sei que é a estratégia mais adequada? Sabia que algumas respostas para essa questão que inquieta a cabeça de lideranças em todo o mundo podem estar na Inteligência Positiva?
Criado por Shirzad Chamine, o conceito de Inteligência Positiva desvenda as armadilhas preparadas por nossas próprias mentes diante de processos decisórios importantes, como, por exemplo, no processo de liderança corporativa.
Em seu livro, Inteligência Positiva, Shirzad nos mostra como o cérebro humano trabalha tanto a favor quanto contra, quando o assunto é tomada de decisão. Segundo ele, é possível mapear o que nos impede de levar projetos adiante e compreender como contornar esses empecilhos.
QP: O Quociente de Inteligência Positiva
O fator principal nesse processo é o QP (quociente de inteligência positiva), que estabelece o quanto do seu potencial total você é capaz de utilizar, uma vez que mede a porcentagem de tempo que sua mente age a seu favor ao invés de te sabotar.
As ideias defendidas por Shirzad lidam diretamente com a dicotomia entre a mente racional e a emocional. Também dialogam com obras como “Rápido e Devagar”, de Daniel Kahneman, e “Processo Decisório”, de Max H. Bazerman e Dan Moore.
Esse conjunto pode fornecer insights para que lideranças compreendam melhor a relação entre economia comportamental, tomadas de decisão e comportamento gerencial.
Inteligência Positiva x Inteligência Emocional: como elas se conectam?
Assim como toda boa liderança é baseada em colaboração e observação, a Inteligência Positiva parte de outras ideias para sua concepção de desenvolvimento humano. Nesse caso, a Inteligência Positiva e o Quociente de Inteligência Emocional, conhecido mundialmente a partir da obra de Daniel Goleman, se conectam.
Segundo Goleman, pessoas com o QE acima da média têm uma percepção clara dos seus próprios sentimentos e dos sentimentos alheios; além de mais controle sobre os efeitos do estresse e ansiedade. Geralmente, são boas lideranças (dos outros e de si mesmos!), persistentes, flexíveis e empáticas.
A teoria de Shirzad defende que o único caminho para o sucesso pleno com felicidade duradoura é por meio de um coeficiente de Inteligência Positiva alto.
Além da utilização de um quociente para determinar o valor de estímulo aos processos decisórios, as propostas têm outros pontos em comum. O poder do autocontrole emocional como ferramenta para o sucesso e formas de lidar com crenças limitantes são alguns deles. Também é possível encontrar pontos de contato da Inteligência Positiva com neurociência, psicologia cognitiva e comportamento organizacional.
Mas a singularidade deste conceito está na identificação de comportamentos que impedem o ser humano de alcançar sua plena capacidade profissional.
O que são sabotadores?
Shizard Chamine classifica esse conjunto de pensamentos, ações e comportamentos disfuncionais como “sabotadores”. São como vozes internas que ativam o lado negativo do cérebro.
Para ele, é vital entender tanto como esses elementos se manifestam quanto à intensidade com a qual podem nos abater.
Identificando os 10 tipos de sabotadores
Diante de um novo projeto desafiador ou de uma demanda crucial para a sua empresa, é comum ter a mente povoada por dúvidas e incertezas. No cotidiano profissional, não são raras, às vezes, em que nos sentimos incapazes de cumprir uma tarefa ou consideramos fugir das responsabilidades.
Por outro lado, podemos nos sentir impelidos a abraçar o mundo de uma só vez ou nos afogar em produtividade. Esses são sinais de que os sabotadores estão agindo.
A Inteligência Positiva determina que há 10 tipos de sabotadores, caracterizados como os seguintes personagens:
- Crítico
Surge sempre que todo nosso foco e força estão voltados para encontrar defeitos, seja em nós mesmos ou nos demais ao redor.
- Esquivo
Procrastinação é uma palavra de ordem para esse sabotador. Tarefas em atraso ou incompletas, obrigações ignoradas e fuga de demandas trabalhosas também fazem parte da lista.
- Controlador
Ter acesso a cada etapa de processos e produção, submetendo o andamento à própria vontade é sua meta. Impede diversidade de opiniões e desenvolvimento.
- Hiper-realizador
Não há outro cenário possível que não seja o de produtividade constante, não importando o preço a pagar. Aqui, o reconhecimento profissional só aconteceria com dedicação além do limite.
- Hiper-racional
As condições de trabalho perfeitas para esse sabotador são aquelas que dispensam qualquer relacionamento que não seja lógico e racional. A frieza no ambiente de trabalho e o distanciamento dos demais são o paraíso corporativo.
- Hipervigilante
Sempre à espera do pior e em eterno estado de alerta. Alimenta-se de ansiedade e estresse, acabando por “contaminar” todos ao redor.
- Prestativo
Ajuda aos demais exageradamente e deixa as próprias demandas e afazeres em segundo plano. Acredita estar fazendo algo positivo enquanto busca aceitação por esse meio.
- Inquieto
Nunca está satisfeito, buscando sempre alguma atividade para ocupar seu tempo. Qualidade – do trabalho – é colocada de lado, em detrimento da quantidade.
- Insistente
Pensou em perfeccionismo? Aqui há exagero. Procurando sempre ordem e organização extremas, esse sabotador consegue gerar apenas ansiedade e desconfiança em todos que o cercam.
- Vítima
A compaixão alheia é o seu alvo constante. Quer chamar atenção em tudo que faz, desejando reconhecimento e aprovação de todos.
Por outro lado, há um elemento cuja ação pode enfraquecer a ação desses sabotadores, chamado Sábio. Trata-se de uma voz interna que ativa o lado positivo do nosso cérebro. Sua atuação é responsável por nos impulsionar em direção às decisões positivas e melhores resultados.
Qual a relação entre Inteligência Positiva e liderança?
Ao concentrar esforços em valorizar as ações do Sábio, a atuação perniciosa dos sabotadores passa a ser anulada.
A Inteligência Positiva aponta que uma das formas de fortalecer esse elemento é a empatia. Buscar compreender as forças envolvidas em algo, alguém ou em você mesmo pode ajudar a identificar o que está causando o problema.
As práticas e exercícios propostos por Shizard são poderosas ferramentas de transformação. A construção de lideranças que buscam melhorar o trabalho em equipe e aumentar a capacidade criativa dos times tem nessas práticas fortes aliadas.
O caminho para o sucesso em seu processo de liderança passa cada vez mais pelo autoconhecimento e superação de crenças limitantes.
Achou interessante o conteúdo de hoje? Conte para a gente e não deixe de ler o nosso conteúdo sobre como a inteligência emocional pode ajudar no desenvolvimento dos funcionários.