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PDI: o que é e como ele pode ajudar a alavancar resultados nas empresas?
PDI é uma ferramenta de gestão utilizada por empresas em estratégias para minimizar a alta rotatividade, aumentando, assim, a retenção de talentos – o que é um grande desafio!
Você já ouviu falar nesse mecanismo? Pois é, ele nunca foi tão necessário!
A situação atual é preocupante. Prova disso é o estudo realizado, em 2020, pelo U.S. Bureau of Labor. A pesquisa da entidade norte-americana mostra que a taxa de turnover média no país é de 3,6% ao mês e aproximadamente 44,3% ao ano.
Já, no Brasil, onde não há um cálculo atual oficial da média nacional, o cenário é ainda mais impactante. Isso porque o país já registrou um dos maiores índices de turnover do mundo. Ou seja, 82%, em 2016, segundo o último levantamento feito pela Robert Half.
Para agravar o cenário brasileiro, segundo pesquisa recente do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) de 2020, a quantidade de admissões no país caiu 9,6%, ao passo que a de demissões teve um incremento de 10,5%. Isto é, além de mais pessoas terem sido desligadas, menos tiveram oportunidade de novos empregos.
Os números deixam clara a necessidade de uma gestão estratégica para lidar com esse cenário. E se esta é uma de suas preocupações, continue a leitura. Falaremos sobre o método PDI e como aplicá-lo tendo em vista a retenção de talentos nas empresas.
PDI: o que é o Plano de Desenvolvimento Individual?
Tendo como foco o colaborador, o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é uma das principais estratégias de gestão e desenvolvimento de pessoas.
Entende-se que negócios saudáveis dependem dos esforços das equipes que o compõem. Quando as pessoas são bem gerenciadas, valorizadas e têm oportunidades ao seu alcance, se empenham para entregar seu melhor potencial.
O método, portanto, tem como finalidade o desenvolvimento profissional e pessoal do colaborador e estabelece metas a curto, médio e longo prazo.
A intenção do Plano é elevar o engajamento e a motivação dos trabalhadores, além de alinhar os objetivos da empresa às aspirações de seus funcionários. Ou seja, podemos entendê-lo como uma forma de organizar ações de qualificação profissional e aprimoramento de habilidades.
O plano também auxilia na descoberta de possíveis líderes entre os times. Quanto a isso, é possível até mesmo combiná-lo à técnica conhecida como pipeline de liderança.
O que considerar para o PDI ser eficaz?
Você já sabe que nenhum planejamento é criado com base em suposições, certo?! Se assim fosse, não poderíamos considerá-los estratégicos, tampouco seria possível obter bons frutos ao implementar mecanismos de gestão.
É por isso que o PDI deve ser pensado como um documento em que se pauta os pontos fortes, e os pontos de melhoria de cada funcionário, buscando maximizar seu potencial.
Veja quais são os itens indispensáveis na criação de um plano de desenvolvimento que realmente funcione!
1. PDI, análise e definição de objetivos
Antes de tudo, é necessário ter bem claro em que momento a empresa está, no que diz respeito a suas potencialidades, riscos e metas a curto, médio e longo prazo. Dessa forma, os planos individuais podem ser criados a favor do crescimento do negócio.
Somado a isso, deve-se fazer também a análise dos funcionários, considerando sua produtividade, suas capacitações técnicas – hard skills – competências comportamentais – soft skills – e experiência profissional.
Observa-se, também, quais conhecimentos ainda precisam ser adquiridos. Tudo isso pode ser identificado por meio de feedbacks, por um processo de mentoria ou coaching.
Feito esse panorama, é hora de determinar os objetivos e metas de maneira alinhada entre os interesses da companhia e do colaborador. Com tudo isso, fica bem clara a necessidade de traçar os propósitos organizacionais, pois servirá de guia para as ações do PDI.
2. Definição de estratégias
Por se tratar de um planejamento individual, é certo que as estratégias são variáveis conforme o perfil da pessoa. Cursos e treinamentos podem funcionar bem para alguns, enquanto outros aprendem melhor diante de situações reais.
Por isso, é tão importante conhecer bem as pessoas, pois, somente assim, as ações do seu plano de desenvolvimento serão precisas.
Considere questões como:
- Onde a pessoa está e aonde gostaria de chegar;
- Qual o seu potencial para a empresa;
- Como ela gosta de aprender;
- Quais são suas dificuldades.
Uma forma de chegar a melhor opção é avaliando, junto ao funcionário, as atividades sugeridas no PDI.
3. Delimitação de prazos
Criar um cronograma é indispensável! Mas, atenção: os prazos devem ser bem definidos e, ao mesmo tempo, compatíveis com a realidade.
De nada adianta estabelecer prazos impossíveis para realizar as ações, até porque o funcionário pode se sentir pressionado e frustrado, o que vai no caminho oposto ao da motivação.
O desenvolvimento do colaborador pode ser feito ao longo de um semestre, um ano, dois anos, e por aí vai, tudo depende de seu ritmo de aprendizado e do quanto a empresa pode esperar por ele!
4. Cálculo de custos
Considere, ao criar o PDI, as despesas relacionadas a treinamentos de capacitação, cursos de aprimoramento, mentorias e afins. Outra possível fonte de gastos é a aquisição de materiais, novos equipamentos e ferramentas.
Quando pensamos em investimentos para treinamentos, é muito importante também ter a noção de se eles estão sendo vantajosos. Sobre isso, é indicado fazer a análise do ROI dos cursos e treinamentos corporativos.
Por que acompanhar o PDI dos colaboradores?
Será que tudo está saindo conforme esperado? Bom, o acompanhamento do plano não deixa lugar para dúvidas!
Visto que houve um planejamento estratégico, seria contraditório não monitorar o andamento das atividades. Monitorar a execução do plano também contribui para encontrar ajustes e avaliar sua eficácia. Aqui, a presença e acompanhamento pela liderança faz toda a diferença.
São muitos os métodos que a área de RH tem em mãos para aprimorar a gestão de pessoas, apoiar os líderes e lapidar a relação com os funcionários.
O Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), como você pôde ver, é benéfico tanto para a empresa quanto para o pessoal, uma vez que funciona numa via de mão dupla de crescimento tanto para o negócio quanto para os funcionários.Você gostou deste conteúdo? Conheça também outro recurso valioso, leia: Playbook: como ele vai ajudar a sua empresa a crescer?