O medo de ficar sem salário 

Vamos direto ao ponto e tratar da realidade nua e crua. Quantas vezes o dinheiro, ou o salário, não falou mais alto nas decisões da sua vida?

Essa pergunta vale para pessoas de qualquer idade que tenham contas para pagar e, principalmente, para quem tem dependentes financeiros como filhos, pais, enfim, família para cuidar.

É muito inspirador ver pessoas que largam tudo para viver um sonho. Para abandonar um emprego que paga bem (ou o suficiente) pela vontade de seguir um propósito de vida precisa de muita coragem.

Algumas pessoas fazem isso! Parte delas faz porque está preparada financeiramente, outra parte aposta que vai dar certo.

Há também quem passe um tempo considerável da vida profissional engolindo sapo, sem perspectiva, sem motivação, mas sem uma ideia clara do que colocar no lugar disso e obviamente, não sabem sequer por onde começar uma mudança.

Sobre transição de carreira e salário

O fato é que praticamente todas as pessoas com quem eu falo sobre transição de carreira se ressentem da preocupação com a própria capacidade financeira para assumir o risco de uma mudança. Não importa o tamanho do patrimônio, não importa o tamanho do salário, as dores são as mesmas que eu tive. A dor de ficar sem salário.

Sabe uma dor doída, que dói muito mesmo? Pois é essa.

Quem não está suficientemente preparado para dar o salto, fazer uma transição de carreira, empreender, aposentar ou qualquer outro tipo de virada de chave vai sentir a dor de não poder arriscar, porque senão, vai faltar grana em algum momento. E isso, posso afirmar que ninguém está muito disposto.

Além disso, quem está preparado, gastou menos do que ganhava a vida inteira, fez sua reserva financeira, investiu bem os recursos, consome de forma consciente, faz a conta, pensa, vê que dá para arriscar, mas mesmo assim fica balançado.

Enfim, uma hora, a coragem vem e você salta para uma nova fase da vida profissional.

Quando entrar em uma nova fase?

Saber que você pode apertar o “botão de ejetar” na hora que quiser é um grande alento. Mas, daí a você de fato esmurrar esse botão com força para sair e abrir mão do seu salário no final do mês, é outra coisa bem diferente.

Você que leu até aqui deve estar se perguntando em que momento vou dar a fórmula mágica para essa dor. Sinto muito! Não encontrei ainda.

Meu desejo aqui é te dizer que é normal sentir essa dor. Não quer dizer que você é um covarde, materialista. É o ônus do processo que envolve a sua decisão de dar fim à sua vida executiva, porque não faz mais sentido continuar. É o pedágio para uma nova vida.

Dói mesmo, leva um tempo para acostumar-se porque até então você só guardava dinheiro, depois começa a resgatar, mas passa!

O que posso te garantir é:

• Você precisa fazer uma boa reserva financeira!
• Dá para projetar se essa reserva será suficiente ou não!
• Saber claramente o que você quer para seu futuro, tendo alguma segurança e muito entusiasmo, faz uma enorme diferença.

Essa fase de dor pode sim ser passageira! O entusiasmo e a sensação de alguma segurança foram remédios que serviram para mim. Talvez sirvam para você também! Então, prepare-se desde já! Vale a pena minimizar esse impacto na sua vida.

Se você não sabe nem por onde começar, me chame inbox e vamos conversar!