A Economia da Paixão: gerando renda com o que amamos fazer

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    A Economia da Paixão: gerando renda com o que amamos fazer

    Há tempos atrás falar em “Economia da Paixão” podia parecer algo utópico e muito longe de nossa realidade. Trabalhar com o que se ama? Gerar renda com algo que se sabe fazer e pelo qual se é apaixonado? Isso não existe!

    Sim, existe. E essa “nova economia” não é apenas para influencers que vão para a internet falar sobre algum tema de interesse e monetizam com isso. Empreendedores, executivos, profissionais liberais podem e devem atentar que o prazer e bem-estar não precisam ser restritos apenas aos finais de semana. Devemos trazê-los para nossa vida profissional, buscando aliar nossas paixões com geração de renda.

    No mundo em que vivemos, onde os consumidores estão “desagregando” seus momentos de consumo, buscando ir direto à fonte, qualquer pessoa que tenha algo de valioso a oferecer, seja um produto ou serviço, terá seu acesso facilitado para um público ávido por coisas únicas.

    Começar é difícil, mas vale a pena investir em algo que te dê paixão

    Manter a rotina, muitas vezes, parece ser mais fácil que fazer este movimento, mesmo que você esteja infeliz, trabalhando com algo que não goste.

    Pense: em que mais valeria a pena investir tempo do que na própria qualidade de vida?

    A resposta está embutida na própria pergunta! Parece ser óbvio, mas muitas pessoas acabam ficando no piloto automático. Trabalham com sua área original de formação – diga-se de passagem, muitas vezes, baseada em uma escolha feita aos 17 ou 18 anos, quando tínhamos muito pouca consciência daquilo que queríamos para nossas vidas – e limitam suas possibilidades de trabalho, sem entender que nossa formação não pode restringir nossa área de atuação. 

    Mas se pensarmos que temos uma vida pela frente e que não importa se são 6 meses, 6 anos ou 60 anos, é preciso que seja uma vida de qualidade, de propósito, plena.

    Cada um de nós tem a oportunidade de criar a vida que quer. Podemos fundir nossa vida profissional e nossas mais profundas paixões e melhorar nossa qualidade de vida de um jeito especial. Do nosso jeito.

    Economia da paixão: por onde começar?

    Comece por você! O autoconhecimento é a mãe de todas as decisões que fazemos na vida. Pelo menos aquelas feitas conscientemente. Na sequência, olhe para as ineficiências do mundo e as dores das pessoas. Elas são a base para entender onde o “remédio” que você oferece terá melhor serventia. 

    Ter um propósito é simplesmente poder usar seus talentos únicos a serviço do mundo. Tem algo mais apaixonante do que isso?

    Conheça as 8 Regras da Economia da Paixão

    O livro: “A Economia da Paixão” do Adam Davidson elenca as oito regras abaixo para atuar nessa apaixonante economia. Vamos conferir?

    Regra #1 – Busque proximidade em Escala

    Falam que o século XIX foi o da “proximidade” e o século XX o da “produção” em escala. 

    No século atual, a Economia da Paixão permite unir a proximidade (conhecer seu cliente e vice-versa, ter uma relação direta, sem intermediários) com a escala permitida pela tecnologia (redes sociais, e-commerce, etc).

    Vale aproveitar esse combo poderoso, não é mesmo?

    Regra #2 – Só crie valor que não possa ser facilmente copiado

    Procurar fazer a mesma coisa, da mesma maneira que os outros é um caminho para a mediocridade. Temos que prestar bastante atenção aos interesses e habilidades que nos tornam únicos. 

    Pode ser um desafio entender aquilo no qual você se diferencia. Partir do seu talento é sempre uma excelente opção, porque se trata de um jeito natural de pensar, sentir e agir que gera excelentes resultados e bem-estar. 

    Quando identificamos o que amamos fazer, adicionamos habilidades que temos e encontramos pessoas que querem o que podemos oferecer… bingo! A mágica acontece!

    Regra #3 – O preço que você cobra deve corresponder ao valor que você fornece

    Seus produtos e, em especial, seus serviços, devem ser únicos e tão diferenciados que para seus clientes não há nenhum ponto de referência óbvio. A melhor referência é o impacto que trazem para os clientes. É a diferença que fará na vida deles. 

    Note também que há uma remuneração “emocional” adicional oriunda de se trabalhar com o que se ama. Isso “não tem preço”. 

    Pergunte-se “quem é meu cliente e qual é o valor que estou criando para ele?”. Isso ajudará na determinação da sua remuneração.

    Regra #4 – É melhor ter poucos clientes apaixonados do que muitos clientes indiferentes

    Sua entrega (produto ou serviço) só tem valor se for entregue à pessoa certa. Aqui não importa a quantidade de pessoas que estão na sua comunidade, no seu networking. Importa a qualidade, ou seja, o quanto eles valorizam o que você tem a oferecer.

    Regra #5 – Paixão é uma história

    Valor é uma medida subjetiva de como um produto ou serviço torna a vida de uma pessoa melhor. É uma história, e como todas as boas histórias, tem personagens, trama, final feliz (de preferência!). 

    Como profissionais, saber contar nossa história é uma forma de adicionar valor e diferenciar o que temos a oferecer. É uma forma de deixarmos de ser commodity e nos tornarmos premium no mundo dos negócios.

    Regra #6 – A tecnologia deve sempre apoiar seu negócio, nunca conduzi-lo

    A internet e as redes sociais foram imprescindíveis para nos ajudar a encontrar clientes, criar uma comunidade e manter contato com eles. Mesmo sem sermos donos de grandes empresas ou estarmos no varejo tradicional, conseguimos chegar até os clientes que valorizam o que temos a oferecer.

    É claro que quem foca na economia da paixão reconhece o poder da automação e evita competir diretamente, já que seu negócio é oferecer um produto ou serviço fundamentado em paixão que serve de forma impactante um pequeno nicho de uma maneira difícil de aumentar a escala. E por esse motivo, na maioria das vezes, nem interessa às grandes corporações, que focam apenas no que podem exponencializar.  

    A paixão é como os bons perfumes. Pouca quantidade com grande impacto.

    Regra #7 – Conheça o negócio em que você está; provavelmente não é o que você pensa

    O negócio que você está se concentra no valor que você cria. As variáveis de como você entrega esse valor ou como se remunera por ele, por exemplo, podem mudar. E realmente mudam bastante nesse mundo que vivemos!

    Por exemplo: produzir um conteúdo relevante, informativo, com fontes confiáveis, é um trabalho do jornalista. Mas como esse conteúdo chega às pessoas, antes restrito a algumas mídias, hoje se multiplica e pulveriza em diversas plataformas e muitas são gratuitas. O valor não muda, mas a forma de entregar e capturar valor mudou.  

    É preciso se adaptar para continuar a entregar seu valor para o mundo.

    Regra #8 – Nunca esteja no negócio de commodities, mesmo que você venda o que outras pessoas considerem uma commodity

    Os negócios de paixão nunca vendem commodity. Por definição, um negócio de paixão se diferencia dos outros por poder cobrar um preço único que representa um valor único.

    Os trabalhadores de um negócio do século XX eram, na maioria, commodity. Eles tinham um emprego específico com um título e uma ocupação que deixavam claro que, quem ocupasse essa posição em qualquer momento, poderia ser substituído por alguém que teria o mesmo título e a mesma ocupação. 

    Para grandes empresas era difícil demais identificar as capacidades e paixões únicas de cada um de seus trabalhadores, portanto era mais simples tratá-los como commodities.

    Hoje, é muito mais fácil identificar a contribuição de cada profissional. Indicadores e pesquisas ajudam a mensurar seus desempenhos, apontando aqueles que estão contribuindo para o resultado e os que estão oferecendo um valor mínimo.

    Grande parte do século XX seguiu a estratégia mais segura e lucrativa de commoditizar e fazer benchmarking, sendo o mais parecido com o outro quanto possível. No século XXI, a melhor estratégia é ser plenamente você mesmo, destacando o que você tem de único em relação aos outros. É aí que está a oportunidade de sucesso.

    Vale ressaltar para quem continua achando que trabalhar com o que se ama pode ser ilusão que como qualquer coisa na vida, mesmo o trabalho na economia da paixão envolve momentos de desafios e dificuldades. É como quem tem paixão por um esporte. Se você, por exemplo, é apaixonado pelo kitesurfe, irá passar momentos em que tem que desenrolar a linha, bombear o kite, perder a prancha no mar…no lazer ou no trabalho, fazer o que se ama também tem seus momentos não tão bons. Faz parte! A questão é: no balanço final, tem que ser bom e prazeroso por muito mais tempo.

    Entre dinheiro e paixão, você não precisa escolher um ou outro. Você pode ficar com ambos!

    E para quem ficou curioso com a foto que ilustra este conteúdo, ela foi tirada no meu aniversário de 50 anos. Fazendo um gesto “de coração” com minhas mãos, reverenciei a quem lá estava, me ouvindo cantar – ou pelo menos tentando cantar… 😊 – em agradecimento a todas as pessoas que me querem bem. Sou feliz pela família e amizades que tenho e por poder trabalhar com o que amo.

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