Governança Corporativa: O que é e 3 Dicas Para Implementar

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    Governança Corporativa: O que é e 3 Dicas Para Implementar

    Como lidar com as constantes mudanças no mercado, expectativas e divergências entre sócios, executivos e os diversos conflitos que afetam uma empresa? Num contexto pulverizado não há ordem e nenhum negócio prospera em meio ao caos. A governança corporativa é, nesse sentido, uma bússola, que orienta as ações de uma companhia rumo aos seus objetivos. Como assim?

    Acabamos de acompanhar as olimpíadas, portanto, pense: para alcançar o pódio, os atletas precisavam dar o melhor de si em desempenho físico, mas eles também seguiram algumas regras para assegurar a sua chegada ao topo e evitar a desclassificação.

    No mercado a ideia é a mesma: de nada vale o bom desempenho dos seus produtos ou serviços se a instituição não segue determinadas regras que a conduzem ao primeiro lugar.

    Assim, podemos tratar a governança corporativa como um manual de boas práticas, um verdadeiro guia que leva os empreendimentos a atingirem, fiscal e administrativamente, seus objetivos.

    O perfil das empresas brasileiras e o cenário da governança corporativa

    Segundo dados do Sebrae e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 2020, as empresas familiares são responsáveis por 65% do nosso Produto Interno Bruto (PIB) e 75% dos empregos. O desempenho das organizações familiares é um ótimo indicador a se acompanhar, inclusive quando o assunto é governança corporativa.

    Aliás, as boas práticas desse sistema são importantes para 85% das empresas familiares na gestão dos seus negócios, conforme estudo da KPMG em 2020 (Retratos de Família 2018 – 2019 — 3.ª edição).

    Sócios, investidores, herdeiros, gestores e tantas outras personalidades estão presentes na tomada de decisões estratégicas, mas todos estão sendo guiados para o mesmo objetivo? Além disso, como é possível garantir o controle de todas as atividades administrativas e fiscais e atestar a credibilidade?

    Continue a leitura, vamos nos aprofundar nessas questões.

    Governança Corporativa: o que é, quais são os seus compromissos e princípios básicos

    Nas últimas décadas assistimos a uma modificação do perfil das empresas nacionais com a expansão e até internacionalização dos negócios e chegada de agentes como sócios e investidores para impulsionar esse crescimento. Por outro lado, esse movimento escancarou a necessidade da imersão em práticas saudáveis para o controle e liderança nas instituições.

    A governança corporativa existe para assegurar que os interesses de uma organização fiquem acima dos objetivos pessoais ou de grupos específicos. Quando ela não é posta em prática, ocorrências como falência, baixa produtividade e até mesmo escândalos de corrupção — que conhecemos tão bem na política nacional — ficam evidentes no setor privado.

    Para isso, a administração se vale de mecanismos de monitoramento incansáveis que visam evitar desvios de rota que prejudiquem os resultados a médio e longo prazos. Trata-se, portanto, de um método pelo qual as companhias são dirigidas, estimuladas e monitoradas.

    Principais compromissos e princípios básicos da governança corporativa:

    • Resgatar e garantir credibilidade;
    • Contribuir para a sustentabilidade;
    • Proporcionar melhorias no desempenho;
    • Driblar fracassos empresariais, como abusos de poder, fraudes e irregularidades.

    Na prática, esse sistema estrutura os relacionamentos entre conselho, diretoria, sócios, investidores, herdeiros e demais atores, além de assegurar o trabalho de órgãos de fiscalização e controle.

    Além disso, garante qualidade na gestão, assegura a longevidade de um negócio e soluciona até mesmo conflitos geracionais.

    A governança corporativa é baseada em quatro princípios fundamentais:

    • Accountability;
    • Equidade;
    • Responsabilidade corporativa;
    • Transparência.

    Tendo esses conceitos em vista, acompanhe três passos para implementar esse método!

    3 dicas para implementar o sistema de governança corporativa:

    1. Forme um conselho consultivo

    Conselhos consultivos são excelentes alternativas transitórias a conselhos de administração e esse foi o tema de um fórum realizado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

    Conforme as ponderações dos representantes do IBGC, montar um conselho consultivo exige atenção em alguns pontos, como compreender que somente a experiência das pessoas do conselho não basta. 

    Para montar um conselho consultivo é necessário entender o desafio atual da empresa e, a partir dessa premissa, buscar os indivíduos mais adequados.

    O ideal é que o grupo seja diverso, composto por três a cinco pessoas de confiança e que se identifiquem com a história e valores do negócio. Além disso, conselheiros que conseguem mediar desafios — de toda ordem: eficiência, inovação, relevância no mercado, etc. — e contribuir sem gerar rupturas são muito valiosos.

    Uma dica de ouro é: crie uma agenda! Busque conversar periodicamente com o conselho, mesmo que esses encontros sejam pouco frequentes. Dar um repasse sobre as decisões tomadas é uma ótima forma de manter um bom relacionamento.

    O conselho consultivo pode ajudar empresas desde sua formação ou a qualquer momento em que ela precise de ajuda. Tendo melhor estrutura pode-se pensar na consolidação de um conselho administrativo com a ajuda de um RH Ágil.

    2. Pratique a transparência em todos os processos

    Esse talvez seja o ponto mais importante e mais difícil de se colocar em prática.

    Falar em transparência pode até soar vago, mas como um dos objetivos da governança corporativa é evitar falhas e desvios, a clareza deve se manifestar em regras irredutíveis.

    São práticas comuns de transparência:

    Prestação de contas

    Nela os sujeitos precisam prestar contas de seus atos e omissões com clareza e apontar como esses afetam os resultados daquele período.

    Essa prática precisa fazer parte da cultura organizacional não somente para cumprir a lei, mas para manter clara aos colaboradores e sociedade a ética da organização e seus representantes.

    Criação de códigos e políticas

    Criar códigos de conduta e políticas de transações de todos os tipos, de comunicação, de contribuições e doações, de prevenção e detecção de práticas de natureza ilícita. Tais documentos devem ser cuidadosamente redigidos de modo que não existam margens para interpretação incorreta.

    Estruturação e sistematização de processos

    Processo é sinônimo de eficiência, escalabilidade e controle de qualidade, para as menores atividades; para criação e aprovação de estratégias de médio e longo prazo; para gerenciamento de riscos e incorporação ao planejamento estratégico; revisão e aprimoramento da propriedade intelectual; dentre outros.

    3. Realize reuniões de acompanhamento e registre

    As reuniões periódicas entre equipes, sócios e conselho é a tática mais indicada para manter um controle administrativo efetivo e compreender o desenvolvimento das ações.

    Da mesma forma, é essencial o registro desses encontros. Tenha em mente que investidores e novos sócios podem querer ter acesso a esses arquivos. Lembrando que manter o histórico vivo é também uma característica de inteligência competitiva e nutre curvas de aprendizado.

    Esses encontros podem ser organizados conforme as necessidades de cada grupo.

    Por exemplo, equipes de produção devem necessitar de reuniões semanais para checkpoints das atividades. Por outro lado, sócios e investidores podem se reunir uma vez a cada dois meses. Não há regra exata, tudo depende da necessidade e fluxo de trabalho.

    Em relação às atas, podem ser elaborados resumos por gestores e secretários executivos. A gravação de vídeo e áudio também pode funcionar, dependendo da importância das informações tratadas e do tempo de reunião.

    Negócios que conduzem uma boa governança corporativa têm melhor visibilidade e lidam com conflitos de forma muito mais rápida e assertiva, além da incrível vantagem competitiva no mercado que adquirem.

    Trata-se de uma aposta inovadora, assim como outras estratégias como a Mentoria Reversa. Conheça aqui e entenda qual a sua importância.

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