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Comunicação Não Violenta: o que é e qual importância nas corporações?
Já analisou o modo como nos comunicamos no dia a dia? Muitas vezes, esse recurso tão valioso não é bem aplicado, mas o que ainda poucos sabem é que isso gera prejuízo para as empresas. A comunicação não violenta é uma alternativa para que os relacionamentos corporativos sejam melhores. Você a conhece?
Boas práticas de comunicação, infelizmente, ainda são deixadas de lado nos ambientes de trabalho. As desculpas para isso são as mais variadas, como a falta de tempo para aprender a se expressar melhor ou a “objetividade”, entre muitas aspas mesmo.
Acontece que ao ignorar esse tema, executivos e pessoas em cargos de gestão acabam retrocedendo em seu desenvolvimento em vez de evoluir.
“Melhores conexões entre as pessoas pode elevar os índices de produtividade em até 25%”
Essa constatação foi feita por uma pesquisa publicada em 2020 na Everyone Social, uma plataforma de defesa dos funcionários que os mantém atualizados, criando e compartilhando informações e dados relevantes.
A mesma publicação apontou que um terço dos trabalhadores norte-americanos afirmam que a ausência de uma comunicação honesta e aberta nas empresas impacta negativamente em sua motivação no trabalho.
Ao mesmo tempo, 60% das companhias não têm nem uma estratégia de longo prazo para orientar a comunicação interna.
Vale pontuar que essa dificuldade também é enfrentada por Recursos Humanos. A Harvard Business Review apontou que 69% das gerências não estão à vontade para se comunicar com seus times.
Então, está todo mundo perdido? Nem tanto! Vamos conversar sobre comunicação não violenta?
O que é comunicação não violenta no universo corporativo?
Comunicação não violenta (CNV) é uma técnica ou abordagem na qual a empatia e a compassividade são fundamentais para se comunicar com o outro.
Uma pessoa compassiva, segundo as definições do Oxford Languages é aquela “que tem ou revela compaixão; que se compadece; condolente”. Ao passo que a “empatia é a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer etc.”
Portanto, a comunicação não violenta é “uma forma de comunicação que leva a pessoa a se entregar de coração, criando uma conexão consigo mesma e com os outros”, segundo o criador do termo, Marshall Rosenberg, psicólogo norte-americano.
A ideia de Marshall é baseada no termo “não-violência” utilizado por Gandhi. Segundo o líder pacifista indiano, o ser humano é naturalmente compassivo.
Vale ponderar que a abordagem não é utilizada somente para feedbacks ou mediar conflitos. A empatia proposta visa aprimorar os relacionamentos entre as pessoas em todas as esferas, níveis de relações e situações.
A finalidade da não violência é encontrar a harmonia a todo momento entre as duas partes. Por este motivo a CNV também é conhecida como a “linguagem da paz”.
Qual a relevância da comunicação não violenta nas empresas?
Segundo estudo publicado pelo LinkedIn em 2020, intitulado “Most In-demand Hard and Soft Skills”, inteligência emocional e colaboração são as soft skills mais requisitadas no mercado.
Porém, o que se vê em muitas empresas são lideranças que adotam o uso de linguagem manipuladora e coercitiva, a base de grande parte dos conflitos.
Conforme apontado pelo artigo da Everyone Social, essas práticas não são produtivas, uma vez que tiram de pauta o que é importante numa conversa, como deixar claras as ideias, percepções, necessidades e sentimentos.
Ao trocar o uso de práticas violentas (como ameaças, humilhações em público, medo e acusações) para se expressar e defender ideias usando a CNV, as empresas criam ambientes mais propícios para o diálogo e resolução de problemas.
Aliás, vale ponderar aqui que essa forma de comunicar não trata de adotar comportamentos afetuosos ou passivos, ao contrário. A proposta da comunicação não violenta é aplicar de modo inteligente os conceitos de cooperação e empatia visando o bem comum e sem deixar de expressar o que se sente e o que se necessita.
Trata-se de uma maneira de fomentar um ambiente de trabalho harmonioso e, consequentemente, produtivo.
Veja, a seguir, os fundamentos para implantar o método nas empresas.
Quais são os fundamentos da CNV?
Há 4 fundamentos da comunicação não violenta.
1. Observação
Antes de tomar qualquer atitude, o que se deve fazer é observar a situação, buscando sempre uma posição imparcial, entendendo todos os lados e elementos que compõem o contexto.
Aqui, são deixados de lado os julgamentos preconceituosos e a postura defensiva em busca de uma análise objetiva dos fatos.
2. Sentimento
É preciso avaliar os sentimentos envolvidos nas falas do interlocutor, como ele reage ao que falamos e o que isso desperta em nós. É preciso falar disso abertamente, sem medo de julgamentos, não focar somente em discutir sobre fatos.
“Seja tristeza, alegria, medo ou qualquer outro sentimento, a natureza nos dotou deles com uma finalidade: eles nos mobilizam para agir, perseguindo e realizando o que precisamos e valorizamos“.
MARSHALL ROSENBERG
3. Necessidades
Além de compreender os sentimentos e o contexto, é preciso entender as necessidades expressadas pelo outro. Da mesma forma, precisamos ter bem claras as nossas necessidades.
4. Pedido
Muitos pedidos estão mais para exigências do que solicitações. É preciso inverter essa lógica, apresentando sua demanda de modo claro sem ser impositivo.
Tudo o que tratamos nesse artigo sobre comunicação não violenta pode ser aplicado com tempo e esforço. E para que essa estratégia saia do papel, os gestores também podem ajudar seus funcionários a desenvolver sua inteligência emocional.
Continue conosco. Traremos novos temas para seu aprendizado!