Como escolho usar o meu tempo

Hoje, vamos falar das alegrias e dores de gerenciar o tempo quando aparentemente somos “donos” do nosso tempo…

Então, tome seu tempo… pegue uma xícara de café e vamos trocar ideias sobre este bem tão precioso – o tempo!

Podemos ver o tempo como algo escasso ou abundante. Quando jovens, parece que o tempo não passa, afinal temos todo o tempo do mundo. Quando adultos o tempo voa e quando percebemos lá se foram mais de 50 anos. Para alguém que recebe um diagnóstico limitando o tempo de vida, cada minuto vale por toda a vida.

E como hoje é Dia dos Namorados, vamos pensar no tempo que estamos com a pessoa que amamos.

Quando amamos alguém que mora longe, o tempo em que juntos é insuficiente e o tempo distante, interminável. Chapman ao escrever sobre as 5 linguagens do amor, aponta uma delas como “Tempo de Qualidade”  não se trata simplesmente de presença física e sim de conexão. Implica em nossa capacidade de dedicar toda a atenção ao outro, é o olho no olho.

“Tempo de Qualidade” é um período em que dedicamos exclusivamente nossa atenção a alguém, com o objetivo de estreitar a relação com essa pessoa.

E sobre o tempo que dedicamos no trabalho?

Quando amamos o que fazemos nem sentimos o tempo passar, as horas voam e nos falta tempo. Podemos esticar jornadas, virar a noite e sentimos que aquilo que fizemos está mudando ou impactando positivamente a vida de alguém.  Quando o trabalho que realizamos não nos motiva é um verdadeiro calvário e o tempo anda a passos de tartaruga. 

Tem situações interessantes. 

Quantas vezes dedicamos tempo, energia e saúde para realizar entregas importantes para nossos empregadores? Quantas jornadas extenuantes para entregar um  projeto, cumprir uma meta, atender a expectativa de outra pessoa? Quantos eventos perdidos para poder proporcionar aos filhos uma vida melhor do que a que você teve?

E aí me pergunto:

Fazemos o mesmo dedicando tempo para gerir a carreira? Para cuidar da saúde? Para estar com aqueles com quem amamos? 

Minha resposta: nem sempre.  Durante minha carreira executiva, por muitas vezes aloquei grande parte de meu tempo no trabalho, em detrimento de tempo para cuidar de minha saúde, das pessoas que eu amava e de meus próximos passos de carreira.

E o novo tempo de carreira chegou. Não por minha decisão, mas chegou! E aí, eu tinha todo o tempo para mim. Aproveitei para acordar sem despertador!  (Em meu último trabalho acordava antes das 5am.)

Por alguns meses, resolvi pendências que estavam acumuladas a muito tempo, dediquei tempo para tomar café com amigos e passei a ter tempo de qualidade comigo mesma.

E aí vem a pergunta: O que farei com o meu tempo?

Estava certa de que não queria mais o mundo corporativo, passei muito tempo escutando as pessoas falarem sobre meus talentos e habilidades e passei mais tempo ainda reconhecendo minhas habilidades e me apropriando de minhas realizações.

Como resultado: decidi empreender. 

Primeiro, através de uma empresa individual. Efetuar uma transição de carreira para uma indústria completamente diferente requer tempo, dedicação e paciência. É preciso tempo para construir sua marca em um novo segmento. Esta experiência me mostrou o  quão importante para mim  era o tempo compartilhado com outras pessoas, a troca de ideias, o trabalho em equipe. 

Mesmo pensando nisso, não tinha a mínima intenção de formar sociedade com outras pessoas.

Foi neste momento, em 07 de janeiro de 2019, que recebi o convite de Flávia Perez e Maristela Gorayb para construirmos juntas a UNBLUR Consultoria. E, simplesmente aceitei. Uma das condições que se transformou em valor da empresa é: 

tem que ser divertido!

Ao empreender, é inevitável para qualquer pessoa pensar:

Finalmente, sou dono(a) da minha agenda! Posso fazer o que quiser com meu tempo! Ninguém me diz o que fazer!

O sentimento de liberdade é enorme. Pequenos prazeres passam a se tornar rotina:

• Tomar um café com alguém em plena quarta-feira às 15h. 
• Ir a um evento de dia inteiro, sem se preocupar com uma parada de linha de produção por falta de componentes. 
• Estender o almoço, sem olhar para o relógio.
• Viajar de passeio no meio da semana. 
• Escolher a poltrona da janela no avião. Não há pressa em sair correndo da aeronave.
• Fazer da calça jeans, tênis e camiseta, sua roupa de trabalho.
• Acordar sem despertador.
• Maratonar séries na Netflix.
• Caminhar às 10h da manhã.
• …

Mas será mesmo? Ao decidir empreender, somos “dono(a)s” do nosso tempo?

Lá  se vão três anos e meio desde que escolhi empreender com minhas sócias na UNBLUR Consultoria! 

Quando você empreende, você quer acreditar que a agenda é sua. E é! E ela está cheia: da prospecção ao follow up, do contador ao banco, do faturamento ao controle financeiro, de sistemas à TI, da preparação à entrega, do estudo à certificação, etc, etc. 

Com a pandemia, todas estas funções e a vida pessoal se encontraram no mesmo lugar. Primeiro era necessário ocupar todo o tempo com muita criatividade: cafés, jantares, reuniões, treinamentos, entregas… online! 

Depois, o trabalho foi se estabelecendo online, a doação de tempo para ajudar outras pessoas, as inúmeras possibilidades de adquirir conhecimento, as lives e as jornadas se esticando, esticando…

“Escolher dar ao outro um  pouco de seu tempo é uma das maiores provas de amor que existe.”

Sim, a decisão sobre como usar o tempo está comigo. Então, o que começou como “faço o que quiser com o meu tempo”  quando empreendi, tem se alterado:

• Dedicar tempo a quem amo: ter tempo de qualidade e estar conectada.
• Cuidar da saúde: Durante toda minha vida corporativa, acordei cedo para os outros. Agora posso usar a melhor hora do dia (para mim) para ir à Academia e ao Pilates. Começo meu dia acordando às 5h33.
• Experimentar novas receitas: amo cozinhar e receber amigos. 
• Reservo agenda para os clientes, preferencialmente, de terças às quintas-feiras. Nas segundas,  temos trabalho interno na Consultoria e nas sextas costumo reservar para questões pessoais. Funciona? Na maior parte do tempo.
• Tempo para me conectar com amigos: toda a semana, reservo um tempo para  conversar com alguém, me manter conectada com as pessoas que admiro.
• Aprender sempre: dedico tempo para aprender e estudar. Agora, estou fazendo a formação em Inteligência Positiva com Shirzad Chamine.

E todos os dias descubro o quão difícil é administrar este em precioso. O quão difícil é dizer não, o quão desafiador é usar o tempo a meu favor!

E você? Como está usando o seu “Tempo de Qualidade”? Obrigada pelo seu tempo! E continue acompanhando mais conteúdos com este pela Newsletter Café com Sassá no LinkedIn!

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Obrigada pelo seu tempo!

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