Ao fazer uma demissão, preserve a dignidade!

O que as demissões que você precisou (ou precisará) fazer na vida tem a ver com o futuro da sua carreira e em especial com sua segunda carreira?Antes de aprofundar, quero dizer por que escolhi este tema para escrever. Quero dividir com você, mais do que a minha opinião, a minha história e o que aprendo até hoje.

Além disso, quando fundamos a Unblur, empresa de consultoria em que sou sócia e é o berço da minha 2ª carreira, um dos meus primeiros clientes( )e certamente um dos mais importantes) foi conquistado graças a indicação e referência de uma pessoa que eu demiti no passado. 

Sim, continuamos amigas até hoje.

Eu já precisei demitir e já fui demitida

Há alguns meses recebi um texto pelo whatsapp de uma outra pessoa que falava sobre “pessoas incríveis”. E ela me disse: “Senti vontade de compartilhar isso porque gosto muito de você.” Eu havia demitido essa pessoa anos atrás.Eu também já fui demitida e teria outras tantas histórias para contar das demissões que tive que fazer na vida executiva. Ou seja, por já ter estado nos 2 lados, posso afirmar:

• Quem lidera sabe o peso que é fazer uma demissão, exponencialmente maior quando se trata de um corte na folha de pagamentos. Mas nada, absolutamente nada se compara ao peso de ser demitido.
• Quem demite sofre. Quem é demitido sofre e ainda precisa procurar outro emprego.
• Quem demite fica ansioso, no dia. Quem é demitido passa meses ansioso esperando o resultado dos processos seletivos.
• Quem demite está sendo pressionado por resultados. Quem é demitido é pressionado por ter contas para pagar e ainda precisar de autocontrole para seguir em frente mesmo tendo perdido o chão.
• Quem demite se ressente de ser mal interpretado. Quem é demitido muitas vezes não tem sequer força para juntar os cacos de si mesmo, tampouco remontar sua autoestima.

Líderes sofrem para demitir, mas porque ainda vemos tantas demissões mal conduzidas?

Uma demissão mal conduzida destrói uma pessoa! Eu ressalto isso porque vejo, no meu dia a dia, o longo tempo que pessoas que passam por isso levam para se reerguer. Ou seja, elas se desconfiguram e só com ajuda e muita dor, em algum momento, conseguem recuperar quem eram, se fortalecer e olhar para frente com positividade.

A hora de demitir

A hora de demitir é o momento em que o líder só deve se concentrar em preservar a dignidade daquela pessoa. Ela precisa entender o que aconteceu, mas, principalmente, ser tratada com o máximo de respeito. Logo, a partir daquele momento, o que ela mais depende é da autoestima e confiança para seguir em frente e buscar uma nova oportunidade de seguir sua carreira.

Um líder deve se lembrar sempre que um dia será ex-executivo, ex-diretor, ex-o-que-quer-seja. Poderá querer (ou precisar) de um novo emprego, querer (ou precisar) empreender. E, seja lá qual for sua segunda carreira ou sua necessidade futura, dentre as pessoas que poderá precisar eventualmente estará aquela que precisou demitir um dia.

Que todo líder deseje olhar para trás com orgulho não só dos resultados que entregou, mas acima de tudo, de como fez o que precisava ser feito para alcançar esses resultados.

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