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Quem sabe o que é bom ou ruim nas histórias que vivemos?
Hoje quero falar com você sobre histórias e também te contar uma.
Boas histórias para se contar não são uma linha reta! As histórias de fato acontecem porque as linhas fazem curvas e mudanças acontecem.
Imagina um filme em que o personagem principal faz todo dia a mesma coisa e nada de diferente acontece na vida dele, do início ao fim. O quão interessante seria esse filme? O que este personagem teria aprendido de novo?
Uma narrativa sem tensão é como um ser humano sem emoção.
Dan Harmon, um roteirista norte americano, adaptou a Jornada do Herói de Joseph Campbell em um processo composto de 8 etapas e chamado de “O círculo da História“. As etapas são:
- Você — o personagem está na zona de conforto,
- Necessidade — mas ele quer algo…
- Partir — Ele entra em uma situação diferente,
- Buscar — se adapta a ela…
- Encontrar — …consegue o que queria,
- Pegar — paga um preço por isso,
- Voltar — volta para a situação familiar…
- Mudança — …e há uma mudança (aprendizado) em função dessa jornada.
Mesmo que a linha se feche em um círculo, o personagem que começou não é igual ao personagem do final.
Se o que ele viveu ou conseguiu conquistar em sua jornada foi bom ou ruim, cabe a ele decidir. Isso tem a ver com o olhar dele para sua experiência.
Histórias & Inteligência Positiva
Tenho estudado bastante sobre a Inteligência Positiva e você irá ouvir muito sobre este tema aqui. Um ponto chave nesta abordagem desenvolvida por Shirzad Chamine – professor de Stanford – é a importância da perspectiva que usamos para olhar algo que aconteceu em nossas vidas.
Se olharmos pela perspectiva negativa, aquela que nos sabota, pensamos só nas dores da jornada. Nos inimigos que enfrentamos. No preço que pagamos. Pensamos na mudança pelo lado ruim.
Mas se olharmos pela perspectiva positiva, a chamada “Perspectiva do Sábio“, veremos que cada coisa que vivemos pode se transformar em uma oportunidade, em algo bom.
Uma das histórias que ilustra essa perspectiva, é aquela que Shirzad mais gosta de contar, é a “História do Garanhão”. Ela começa assim:
“Um fazendeiro mora com o filho adolescente e tem um belo cavalo de raça, do qual cuida com muito carinho. Ele inscreve o garanhão na competição da feira anual do país, e o animal ganha o primeiro lugar! Os vizinhos do fazendeiro então se reúnem para parabenizá-lo pela vitória, mas ele calmamente diz:
– Quem sabe o que é bom ou o que é ruim?
Intrigados com a resposta, os vizinhos vão embora.
Na semana seguinte, ladrões que ouviram falar do garanhão campeão roubam o cavalo, e os vizinhos aparecem para lamentar e consolar o fazendeiro, que diz:
– Quem sabe o que é bom ou o que é ruim?
Alguns dias depois, o garanhão foge dos ladrões e consegue voltar para a fazenda com mais sete éguas selvagens com as quais fez amizade no caminho. Quando os vizinhos o parabenizam com animação, o velho fazendeiro mais uma vez diz:
– Quem sabe o que é bom ou o que é ruim?
Poucos dias depois o filho do fazendeiro cai de uma das novas éguas quando estava tentando domá-la e quebra a perna. E novamente aparecem os vizinhos para lamentar o ocorrido, e ele mais uma vez os lembra:
– Quem sabe o que é bom ou o que é ruim?
Na semana seguinte o exército imperial marcha pelo vilarejo e recruta todos os jovens capazes para a guerra que acabara de começar, e o filho do fazendeiro é dispensado porque está com a perna fraturada.
Bem, os vizinhos nem se deram ao trabalho de procurar o fazendeiro para parabenizá-lo. Àquela altura, já sabem qual será sua resposta:
– Quem sabe o que é bom ou o que é ruim?”
E quem sabe qual é a resposta para esta pergunta que você pode fazer para qualquer mudança que aconteça na sua vida?
Você!!
Mas fique atento para qual perspectiva você irá usar para dar a resposta. Se usar a “Perspectiva do Sábio”, garanto que sua coragem para mudar não irá tardar em vir à tona!
Até a próxima!