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Comemorei meus 50 anos e os planos para o futuro! E os seus planos: quais são?
Em 2020, comemorei muito os meus 50 anos de vida. Uma idade que para mim tem um significado diferente, especialmente porque, como uma inveterada planejadora financeira, fiz todas as projeções para a minha independência financeira considerando uma longevidade até os 100 anos. Cem anos será muito ou pouco? Não dá para saber ao certo, mas esta é minha premissa. Portanto, cheguei na metade, alcancei o topo de um gráfico de curva normal, finquei minha bandeira no cume desta grande montanha que é a minha vida! Me reinventei para o próximo ciclo e compartilho algumas reflexões ao comemorar 50 anos para você pensar!
Reflexão #1 – O quanto você comemora suas conquistas?
Está querendo me perguntar se daqui para frente será ladeira abaixo? Depende! Vai depender só de mim e da minha saúde (que está bem boa hoje).
Há muito anos, eu planejei minha independência financeira, minha transição de carreira e minha condição física atual. Hoje, penso que se eu souber manter tudo o que conquistei. [GdOP1] E acima de tudo manter minha motivação e meu entusiasmo, será possível andar num platô bem alto, como caminhar pela maravilhosa Table Montain em Cape Town, por mais alguns bons anos.
Reflexão #2 – O quanto você está focado no que, de fato, está sob o seu controle?
À medida que meu aniversário foi chegando, fui refletindo sobre todas as coisas importantes que eu conquistei até hoje e meu sentimento de “Uau! Quanta coisa eu fiz!” se misturava com uma sensação de “Nossa! Quanta coisa ainda quero aprender!”.
Reflexão #3 – O quanto você ainda está disposto a aprender?
O primeiro sentimento me causa orgulho e satisfação. É um olhar para o passado que, embora me traga um saldo significativamente positivo, eu ainda me pego remoendo erros tolos que me causaram aprendizados dolorosos. Lições importantes que não podemos mesmo esquecer e o amadurecimento, aos poucos, vai nos proporcionando o confortante auto perdão.
Reflexão #4 – Como seus erros te tornaram alguém melhor?
Os acertos aconteceram graças a muita disciplina, infelizmente inata. Teria sido mais fácil se eu tivesse nascido disciplinada, mas não. Esta habilidade eu descobri cedo que precisava ter caso realmente quisesse conquistar algo relevante e desenvolvi com esforço. Até hoje tenho que exercitá-la diariamente, caso contrário me perco com facilidade.
Foco já era mais o meu forte. Ambos somados, disciplina e foco, faltava definir alvos e hábitos alinhados como que eu queria. Não foi tão simples.
Reflexão #5 – Quais as habilidades a serem desenvolvidas podem contribuir para você ser quem quer se tornar?
Foram alguns anos para eu achar um caminho prazeroso para me desenvolver profissionalmente. Eu trabalhei um bom tempo sem saber o que eu realmente queria. Confesso que sentia uma pontinha de inveja branca quando ouvia alguém dizer “eu amo o que faço!”. Ficava pensando: “como seria isso?”
Ferramentas de autoconhecimento teriam sido essenciais para eu ter acelerado mais cedo na direção, que futuramente acabei encontrando por acaso. Como eu fui mãe muito jovem, não me permitia arriscar a qualquer custo porque minha responsabilidade em relação ao meu primeiro filho era maior que tudo.
Reflexão #6 – O que é realmente importante para você?
Quando encontrei o caminho de relacionamento com clientes, de lidar com gente e de gerir pessoas, percebi que era ali que eu me satisfazia profissionalmente. Ao encontrar esta paixão, os espaços se abriram e eu voei alto. Que delícia! Me tornei outra pessoa, me soltei, me desinibi, me desenvolvi, me encantei, me convenci de que não estava errada quando achava que o trabalho antigo não fazia sentido. Para mim, não fazia sentido mesmo.
Reflexão #7 – Quão conectado está com o que é importante para você?
Só passou a fazer sentido realmente quando os resultados que eu produzia dependiam de impactar pessoas. Aí sim percebi que havia encontrado meu caminho!
Hoje, em dia falar de impacto se tornou mais habitual. Há 25 anos, não me lembro bem disso. Eu implementava planos de previdência nas empresas e convencia seus colaboradores a aderirem ao plano e a investirem mensalmente 5, 10 até 12% do salário. Eu sabia que estava fazendo bem para aquelas pessoas. E isto me fazia sentir muito orgulho pelo meu trabalho.
Reflexão #8 – O que te dá orgulho em fazer?
Há 20 anos, a palavra da moda era empreendedorismo. Mas, eu ainda sentia que não poderia arriscar, então focava em produzir, em dar o meu melhor, em buscar novas soluções para problemas antigos, consumia conteúdo loucamente, estudava, e aí veio um novo foco: equilíbrio.
Com 30 anos, eu tinha 2 filhos, um marido, um cargo de gerente e um MBA para dar conta. Acordava às 5h da manhã para ir à academia antes dar café da manhã para os meninos. Coitado do meu marido, não sei como meu casamento resistiu.
Reflexão #9 – O que significa ter equilíbrio para você?
Enfim, conquistei uma posição de alta liderança por volta dos 35 anos. A esta altura, numa condição de vida mais confortável e graças ao alinhamento de visão de futuro com meu marido, começamos efetivamente a manter nosso padrão de vida em um degrau abaixo do que era possível. Somos pessoas de hábitos simples, apesar de algumas excentricidades (descobri recentemente que isto se chama minimalismo). Mas, havia uma consciência muito clara de que o futuro iria bater à nossa porta um dia e queríamos ter um colchão suficiente para mantermos um padrão de vida confortável.
Reflexão #10 – O que você tem feito hoje em prol do seu futuro?
Há cerca de 15 anos, eu decidi que aquele seria meu último emprego. Durasse quanto durasse, dali eu não voltaria para o mundo corporativo, pois me sentia segura o suficiente para empreender. Mas, logo descobri que aquele não era o verdadeiro espírito empreendedor. Quem empreende tem um apetite a risco muito maior que eu tinha. Na realidade, o que eu fazia era construir meu “botão ejetor”. Aquele que a gente aperta quando não dá mais. No fundo, não queria correr o risco de viver submetida a ter que fazer coisas que eu não concordasse ou que não estivessem alinhadas com meus valores. Eu já não estava mais colocando em xeque a segurança dos meus filhos, a educação deles estava garantida. Eu poderia, sim, ejetar para não ter que engolir um sapo maior do que eu já estava disposta.
Reflexão #11 – Como está o planejamento do seu botão ejetor?
O tempo passou, alcancei mais alguns degraus de crescimento, tive experiências profissionais riquíssimas, aprendi muito sobre governança, gestão de negócios, planejamento estratégico, planejamento financeiro e tantos outros temas, mas acima de todos estes, aprendi e me identifiquei muito com o impacto da liderança nas organizações e na vida das pessoas. Este tornou-se o meu aprendizado preferido.
Reflexão #12 – O quão diverso tem sido seu aprendizado para ampliar suas possibilidades futuras?
O momento de saltar para o novo se aproximava e eu, cada vez mais, sentia um frio na barriga enorme, medo e insegurança. Onde eu estava já não fazia mais sentido. Eu não fazia mais sentido. E, o que eu poderia fazer de diferente já não me interessava mais. Eu queria mais. Queria um desafio de verdade, que me tirasse do status quo para me proporcionar um novo salto de desenvolvimento. Era hora de ejetar.
Reflexão #13 – Que pergunta você irá se fazer quando sentir medo da mudança?
Eu me perguntei o que realmente importava para mim. Eu queria liberdade, autonomia, parceria, propósito e diversão. Isso mesmo! Eu não estava mais disposta a abrir mão de ser feliz, de curtir e de voar.
Meu processo de transição de carreira do ponto de vista emocional levou mais de 2 anos. Todo este tempo mesmo embora eu tivesse o meu colchão financeiro bem preparado, meu botão efetor pronto para ser acionado. Me cobrei estar a frente das decisões, me antecipar, não ser pega de surpresa.
O cenário não era claro onde eu estava, mas as hipóteses prováveis já se mostravam desfavoráveis ou pouco atrativas. Então, eu não queria delegar as decisões do meu futuro.
Estudei, busquei alianças, desenhei cenários, me confundi muito, mas foi por meio do coaching que clarearam minhas ideias, que enxerguei o que realmente queria e o que eu não queria.
Reflexão #14 – O quanto você se sente preparado emocionalmente para tomar as rédeas da sua transição de carreira?
Tive apoio integral da minha família. Meus filhos, já adultos me perguntavam: por que você não faz só o que gosta? Se você não está mais feliz, não faz sentido! Meu marido e apaixonante parceiro de 25 anos juntos, foi um ótimo ouvinte para minhas noites de devaneios e elucubrações sobre o futuro. Também me dizia: Você se preparou tanto para este salto de transição de carreira, agora pule!
Era mais fácil falar do que agir. Ainda assim, eu gostei de ter tido paciência para não me precipitar. Planejei tudo, me preparei e enfim, saltei. Mas, não saltei sozinha. Uma das coisas que aprendi sobre mim é que não gosto e não quero trabalhar sozinha. Preciso de gente a minha volta. Gosto de gente.
Reflexão #15 – O que você imagina que ainda pode aprender sobre você?
Descobri muito sobre mim mesma neste novo cenário e a vida foi generosa comigo me presenteando com minhas sócias. Compartilhamos dos mesmos valores e propósitos, e ainda nos complementamos em nossas habilidades. Criamos nossa empresa usando a expertise somada dos 30 anos que cada uma tem de mercado. Fizemos a lição de casa toda antes de nos comprometer uma com a outra e aqui estamos. Fazendo o que gostamos, aprendendo todos os dias, crescendo individualmente e como grupo, nos orgulhando do que somos e do que entregamos. Era isso o que eu queria!
Reflexão #16 – O você quer viver no futuro?
Enfim, tudo para dizer que é muito prazeroso fazer 50 anos de idade, meio século, metade da vida, com todo este aprendizado, tendo me reinventado para um salto tão positivo e gratificante de contar.
Obrigada por ter lido até aqui. Esta história continua, Graças a Deus.
Reflexão #17 – Que valor estas reflexões tiveram para você?
Conte para a gente nos comentários abaixo ou entre em contato conosco!