Síndrome de Boreout: o que é e qual a diferença para crise de Burnout?

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    Liderança

    Síndrome de Boreout: o que é e qual a diferença para crise de Burnout?

    Você nota que seu colaborador sente tédio e desinteresse no trabalho? Esse é um sinal de alerta: ele pode estar passando pela síndrome de Boreout.

    A expressão é muito parecida com o conhecido burnout, mas seus significados são opostos. Enquanto muitos trabalhadores sofrem com sobrecarga e esgotamento, outros enfrentam problemas de desmotivação.

    E não é raro encontrar casos de pessoas insatisfeitas com o trabalho, viu?! Uma pesquisa realizada no México pela plataforma de busca de empregos OCCMundial apontou que 75% dos profissionais do país não estão contentes com sua situação laboral.

    Síndrome de Boreout? O que significa?

    Ainda que pouco conhecida em terras brasileiras, a Síndrome de Boreout pode estar diante de nossos olhos. A origem do termo é a palavra bored, do inglês, que significa “entediado”. Ou seja, refere-se ao sentimento do colaborador em relação ao trabalho, mas não se engane: não é sinônimo de preguiça.

    O boreout acontece quando o funcionário não se sente motivado no trabalho, quando tem pouca demanda, quando não está no cargo ideal e por aí vai. De fato, o colaborador acredita que poderia ter suas skills melhor aproveitadas na empresa.

    Se isso não acontece, está propício a ter a Síndrome de Boreout.

    Quais os sintomas da Síndrome de Boreout?

    Segundo os psicólogos suíços Peter Werder e Philippe Rothlin, responsáveis por criaram o termo em 2007, o problema se manifesta das seguintes formas:

    • com indiferença, causada pela ausência de identificação com o cargo ou com o trabalho;
    • o funcionário se sente desnorteado devido a tarefas enfadonhas e que não fazem sentido em relação ao seu verdadeiro potencial;
    • surge a angústia por, muitas vezes, o colaborador nem saber o que fazer ao longo do dia.

    Além disso, outros sintomas comuns da Síndrome de Boreout são: apatia e desinteresse .

    Entre os efeitos derivados do problema, o profissional também pode desenvolver depressão e ansiedade, caso não seja tratado. Vale salientar que a síndrome do tédio, como podemos chamar em português, não é catalogada como uma doença, mas merece muita atenção!

    Qual a diferença entre a Síndrome de Boreout e a Crise de Burnout?

    Apesar da semelhança na escrita, os dois termos têm significados opostos! A Crise de Burnout corresponde às sensações provocadas pelo acúmulo de tarefas no trabalho.

    Ela pode afetar: 

    • os colaboradores que ficam sobrecarregados com as demandas designadas pela gestão;
    • ou a própria liderança, quando o volume de trabalho está acima do esperado.

    Nesse sentido, a Crise de Burnout tem sido muito comum no dia a dia das empresas ou em alguns ramos que exigem muito por parte do profissional. Um exemplo que evidencia a situação é que 83% dos trabalhadores da área de saúde atingiram a exaustão durante a pandemia.

    Já a Síndrome de Boreout está na outra face da mesma moeda, ocorrendo em função de certas ausências, de modo contrário ao excesso que causa o burnout. A falta de estímulo ao trabalho é a principal causa do tédio e, como resultado, o funcionário se sente frustrado.

    6 dicas para prevenir a Síndrome de Boreout

    1- Delegar funções

    A falta de tarefas é a principal responsável pelo sentimento tedioso no trabalho. Por isso, esqueça um pouco a ideia de que todas as tarefas serão melhor executadas se você mesmo fizer. Às vezes é necessário e saudável dividir o trabalho com alguém.

    Mas, atenção! Tudo deve ser pensado de acordo com o potencial e o cargo de cada membro da equipe, o que nos leva ao próximo tópico.

    2- Conhecer os colaboradores

    Antes de designar atividades, é preciso conhecer bem os funcionários e entender a capacidade que cada um tem de realizar o quê. É fundamental ter conhecimento do perfil de cada um!

    Dessa forma, o profissional se sentirá reconhecido, valorizado e apto a cumprir aquilo que lhe foi pedido.

    3- Dar oportunidades

    Mantenha o olhar atento para os talentos de seus colaboradores. A partir disso, você consegue organizar a configuração das equipes, estabelecendo funções adequadas e identificando possibilidades.

    Uma boa maneira de motivar a equipe e dar oportunidade de crescimento! Portanto, quando surgir uma vaga na empresa, lembre-se primeiro de olhar para quem já está lá dentro.

    4- Estabelecer metas

    O comportamento do funcionário que enfrenta a Síndrome de Boreout pode mudar se ele tiver metas de carreira. E as orientações da liderança nesse momento são cruciais! O colaborador verá mais sentido em seu trabalho sendo guiado por um propósito.

    5- Cobrar resultados

    Uma vez estabelecidos os objetivos, é hora de monitorar e cobrar resultados. Muito cuidado com o microgerenciamento, afinal, essa cobrança também precisa ser motivadora. O que a pessoa precisa é entender o que se espera dela!

    6- Fornecer feedback

    Mais uma das estratégias para combater o tédio no trabalho é oferecer feedbacks, o que funciona também para diversas outras ocasiões. Com a cultura do feedback, é possível contar com uma equipe de alto desempenho e superar o problema.

    Essas foram algumas dicas para driblar a Síndrome de Boreout e manter seus colaboradores ativos e estimulados com o serviço. Quer outra dica que pode contribuir ainda mais para a motivação na empresa sem deixar de lado as características de cada profissional? Confira nosso artigo sobre Liderança Situacional e entenda!

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