Liderança Situacional: afinal, você sabe o que é?

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    Liderança Situacional: afinal, você sabe o que é?

    Liderar é inspirar pessoas para que juntas alcancem um objetivo em comum. Mas cada pessoa é diferente da outra e tem níveis de conhecimento e motivação que variam. A seguir, entenda o que é Liderança Situacional.

    O papel de um líder é adaptar seu estilo às necessidades e capacidades dos colaboradores sob sua supervisão. Essa é a Teoria da Liderança Situacional, postulada por Paul Hersey e Ken Blanchard em 1969. 

    Em seus estudos, Hersey e Blanchard notaram que profissionais de alto desempenho recorrem a várias formas de gerenciamento e ajustam suas funções conforme o necessário. Isso envolve entender quais são as virtudes, limitações técnicas e emocionais de seus liderados.

    A mensagem principal desta teoria é reconhecer que existem variados estilos de liderança e nenhum é melhor que o outro. Ao contrário, o mais indicado depende da circunstância.

    Como nunca, precisamos de gestores adaptáveis, afinal, pudemos observar nitidamente em 2020 que as crises — sejam de quais forem as suas naturezas — não anunciam chegada e afetam as pessoas de diferentes formas.

    É sobre este assunto que falaremos no texto a seguir. Continue conosco!

    O que é Liderança Situacional?

    Sabemos que nas empresas há diversos tipos de profissionais. Ned Herrmann (1922 – 1999) avalia essas diferenças em sua pesquisa chamada Dominância Cerebral.

    Para Herrmann, cada perfil é determinado com base no uso de suas funções cerebrais, sendo que cada pessoa usa, mais ou menos, os diferentes quadrantes de seu cérebro, o que influencia a forma como ela manifesta a sua inteligência.

    O Líder Situacional, com esse conhecimento em mãos, pode potencializar as qualidades de cada indivíduo ao adaptar, no trato com cada um, seu próprio estilo.

    Vemos que é uma ideia muito melhor do que simplesmente adotar apenas um conceito de gerenciamento e torcer para que ele sirva a todos os funcionários, correto? Percebemos também que se trata de um grande exercício de flexibilidade. Mas, não basta isso. 

    O gestor precisa compreender detalhes sobre os trabalhos executados por sua equipe e a maturidade do time. Assim, ele pode aplicar diferentes pesos e medidas nas tarefas e no empoderamento das pessoas.

    Quais são os estilos de Liderança Situacional?

    Pensando num cenário de mudanças constantes, há algumas características que o Líder Situacional precisa desenvolver ou aprimorar para formar equipes de alto desempenho.

    De acordo com a Teoria de Hersey e Blanchard, há quatro estilos básicos. São eles:

    1.Direção

    Nesse perfil, o gestor mostra “o caminho das pedras” para seu liderado, apresentando o passo a passo do trabalho, como se portar diante de diversas situações e tudo o mais que for necessário para ele entender plenamente sua função.

    Nesse sentido, ele pode precisar acompanhar toda a rotina do liderado, até ele ter total capacidade e confiança para realizar o trabalho sozinho. Da mesma forma, ele se preocupa em direcionar o time que está empenhado em atingir objetivos e metas organizacionais.

    Colaboradores que demandam este estilo de liderança estão em uma fase de maturidade inicial que Hersey e Blanchard chamam de M1, onde há pouco conhecimento e alta motivação. O foco do líder está na tarefa a ser executada.

    2. Orientação

    Orientar é um papel essencial do líder e para isso ele precisa ter total conhecimento sobre as tarefas de cada colaborador.

    Nesse contexto, ele faz uma espécie de parceria com o funcionário e a sua função não é somente cobrar, mas contribuir com novos insights, ensinar quando preciso e lapidar as qualidades do indivíduo.

    Da mesma forma, ele pede que o seu liderado expresse suas opiniões e ideias, acolhendo-o. O feedback contínuo também é uma característica forte desse perfil.

    Colaboradores que demandam este estilo de liderança estão em uma fase de maturidade chamada M2, onde há um conhecimento parcial do trabalho e menor motivação.

    3. Apoio

    Aqui, o gestor se apresenta como um defensor do lifelong learning e estimula o desenvolvimento incansável das atividades em seu time. Assim, faz parte desse perfil facilitar e motivar as pessoas, criando um ambiente propício para discussões, o que enriquece muito o processo colaborativo

    Nesse sentido, os treinamentos corporativos e a aplicação de mentorias reversas são riquíssimas ferramentas.

    Colaboradores que demandam este estilo de liderança estão em uma fase de maturidade chamada M3, onde há conhecimento do trabalho, mas eles continuam demandando motivação. Neste contexto e perfil do colaborador, o foco do líder está no relacionamento.

    4. Delegação

    Neste estilo, o líder apresenta uma abordagem um pouco mais afastada da prática, visto que sua equipe já está empoderada e educada o suficiente para assumir a maior parte das responsabilidades.

    Importante salientar que delegar significa oferecer autonomia e isso requer que o gestor confie que cada um faça seu trabalho bem feito, afinal, a orientação e o direcionamento já foram dados. Os colaboradores apresentam um alto nível de conhecimento e motivação.

    Este é o contexto ideal para se evitar o fantasma do microgerenciamento.

    Se há mais de 80 anos a Teoria da Liderança Situacional era uma ferramenta poderosa para compreender e gerenciar equipes, hoje ela prova ainda mais o seu valor. Ao voltar o olhar para as necessidades e características de suas equipes, gestores podem adaptar suas qualidades e fortalecer a estrutura organizacional.

    Aqui, no blog da Unblur, nós sempre nos preocupamos em trazer conteúdos que auxiliem os Recursos Humanos a desenvolver estratégias para estreitar seu relacionamento com os colaboradores e, assim, aumentar o potencial competitivo de uma empresa.

    Por isso, não poderíamos deixar de falar sobre o Programa de Partnership. Entenda do que se trata!

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