/ receba nossos conteúdos
Deixe seu e-mail e receba nossos próximos conteúdos exclusivos.
Repense suas crenças e pare de limitar sua transformação
Vamos conversar sobre crenças? Desde que me conheço por gente, minha mãe sempre falou que “tomar banho após as refeições faz mal!”. E cada vez que eu deixava para me banhar após o almoço, ela quase surtava! Preocupada, ela pensava que eu iria morrer…
Cresci com essa crença, mas à medida que o tempo passava e nem sempre eu podia me banhar antes das refeições, vi que isso era uma história que minha mãe me contava e que, sem questionar, sempre levei muito a sério, me limitando a liberdade de decidir sobre coisas básicas na minha vida.
No fundo, minha mãe estava cuidando de mim. E o que realmente importava para ela era meu bem estar, minha segurança. Quando parei de olhar para a CRENÇA que ela queria me passar e percebi o VALOR que estava por trás, escolhi olhar a vida pela perspectiva do segundo.
Como definimos os valores e as crenças?
Valores são nossas verdades interiores. Crenças são pequenas histórias que nos contam. Valores nos levam ao futuro. Crenças nos mantém no passado. Valores levam a um pensamento aberto. Crenças são conclusivas e podem nos limitar.
Refletir sobre nossos valores é ter consciência sobre onde iremos nos ancorar para tomar decisões em nossas vidas!
Este mês fiz uma imersão de três dias no Executive Program da Startse University. Dentre tantas reflexões, uma ecoou fortemente em mim, pois sempre acreditei nela:
“Existem duas crenças que limitam a transformação. A primeira é achar que sabemos tudo. A segunda é acreditar que não conseguimos mais aprender algo novo.”
Não é à toa que a Startse tem como propósito “provocar novos começos”. Total sintonia com a CORAGEM PARA MUDAR e com o olhar positivo para as mudanças que não param de acontecer, não é mesmo? Tanto aquelas mudanças que “vem de fora”, como aquelas que nós mesmos precisamos provocar, “vindas de dentro”. E é esse incômodo que nos move que nos faz ser “game changers”!
Como já dizia o filósofo Voltaire: “A incerteza é uma posição incômoda. Mas a certeza é uma posição absurda”
Em um mundo que está “trocando de pele”, revisitar nossas crenças pessoais e profissionais faz-se necessário para prosperar nas dinâmicas da nova economia.
Sem perder de vista nossos valores e o que realmente importa para cada um de nós, vamos repensar nossas certezas, crenças, opiniões. O mundo se move muito rápido para ficarmos parados no mesmo lugar.
As dicas a seguir são oriundas do livro que li em agosto, “Pense de Novo” do Adam Grant. Super indico a leitura e não poderia concordar mais com suas sugestões para incentivar este repensamento individual:
a) Desenvolva o hábito de pensar de novo
- Pense como um cientista: quando começar a formar uma opinião, resista à tentação de pregar, advogar ou fazer política. Encare sua nova visão como um palpite ou uma hipótese e teste-a com dados. Assim como os empreendedores que aprenderam a enxergar as estratégias de negócios como experimentos, você vai adquirir agilidade para mudar de direção.
- Defina sua identidade em termos de valores, não de opiniões: é mais fácil evitar permanecer apegado a crenças passadas se você não as tornar parte da visão que tem de si mesmo no presente. Encare-se como alguém que valoriza o aprendizado, a flexibilidade mental e a busca por conhecimento. Conforme você formar opiniões, crie listas dos fatores que mudariam suas convicções.
- Busque informações que vão contra suas crenças: você pode combater o viés de confirmação, acabar com bolhas e escapar de câmaras de eco se entrar em contato com ideias que desafiam suas concepções. Uma forma fácil de começar a fazer isso é seguir pessoas que fazem você pensar, mesmo que discorde do raciocínio delas.
b) Calibre sua Confiança
- Cuidado para não ficar preso na Montanha da Estupidez: não confunda confiança com competência. Quanto melhor você achar que é, maior o risco de estar se superestimando e maior o risco de parar de se aprimorar. Para evitar o excesso de confiança no seu conhecimento, reflita sobre quão bem você consegue explicar aquele assunto.
- Aproveite os benefícios da dúvida: quando você se pegar duvidando da sua competência, reimagine a situação como uma oportunidade de crescimento. Você pode confiar na sua capacidade de aprender ao mesmo tempo que questiona sua solução atual para um problema. Saber o que não sabemos é o primeiro passo para alcançar a excelência.
- Abrace a alegria de estar errado: quando descobrir que cometeu um erro. Aceite-o como um sinal de que acabou de descobrir algo. Não tenha medo de rir de si mesmo. É melhor se concentrar menos em se autoafirmar e mais em se aprimorar.
c) Peça a alguém que questione seu raciocínio
- Aprenda algo novo com cada pessoa: todos sabem mais do que você sobre alguma coisa. Pergunte às pessoas sobre o que elas andam repensando ultimamente, ou comece uma conversa sobre ocasiões em que você mudou de ideia no último ano.
- Construa uma rede desafiadora, não apenas uma rede de apoio: é bom ter pessoas que lhe oferecem apoio, mas você também precisa de críticos que o desafiem. Quem são seus críticos mais minuciosos? Depois de identificá-los, convide-os para questionar seu raciocínio. Para garantir que eles saiba que você está aberto a opiniões diferentes, diga que respeita a oposição deles e mostre os pontos em que costumam agregar valor.
- Não tenha medo de conflitos construtivos: discussões não precisam ser agressivas. Apesar de conflitos pessoais geralmente não levarem a nada, conflitos funcionais podem levar você ao repensamento. Tente encarar discussões como debates: é mais fácil que as pessoas o abordem de forma intelectual e não levem a discordância para o lado pessoal.
Qual dessas dicas você escolhe começar a praticar hoje?