Quando você tem um problema, sente que é um peso resolver sozinho?

/ receba nossos conteúdos

Deixe seu e-mail e receba nossos próximos conteúdos exclusivos.

    Liderança

    Quando você tem um problema, sente que é um peso resolver sozinho?

    “Houston, we have a problem.

    A frase acima é retratada no filme “Apollo 13” que conta a história desta missão da NASA. Em uma das cenas, o astronauta interpretado por Tom Hanks comunica a central da Nasa sobre a explosão que danificou a espaçonave e acabou colocando em risco a missão e a vida da tripulação. Este foi apenas um dos problemas enfrentados no espaço, mas para quem não sabe da história ou não assistiu ao filme, saibam que voltam salvos para terra firme.

    Astronautas, médicos, executivos, dentistas, pais, mães, cidadãos, organizações, nações…quem não tem problemas?

    Todos enfrentam problemas no dia a dia. Podemos chamar também de dilemas, obstáculos, conflitos, desafios ou qualquer outro nome que indique que é importante se refletir e agir para “passar” por algo de forma a seguir adiante.

    Mas quando pensamos nas histórias de vida e nas histórias profissionais, o que seriam delas sem os problemas? Uma linha reta, sem emoção, sem transformação, sem aprendizado. 

    Alguém se interessaria por um filme onde o personagem tem sua rotina igual, todos os dias? Sem um contraponto? Um dilema? Uma fraqueza – sua criptonita – com a qual deva saber lidar? Sem um vilão que chega para provocá-lo a convocar toda sua força, seus aliados, para ir para o confronto e lutar? 

    É daí que vem as histórias. Dos nossos heróis e as nossas também.

    Saber resolver problemas é um das principais habilidades de um líder. É a ele que irão recorrer quando não souberem o que fazer. E aí? O quê um líder deve fazer quando isso acontecer?

    Era mais fácil quando o mundo tinha referências…mas o mundo mudou! E muito!!

    Quando o mundo não era tão VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo), bastava olhar para o passado e pesquisar como tinham resolvido um problema. Ou olhar para a concorrência direta ou indireta e fazer o famoso “benchmarking”. Tínhamos referência. 

    Hoje não. As questões com as quais temos que lidar são novas. Nunca existiram antes. Ou mesmo que o problema seja igual, o contexto mudou. O mundo é outro e muda em uma velocidade difícil de acompanhar. A quê e a quem recorrer neste caso?

    OS RECURSOS ESTÃO DENTRO DE NÓS.

    Um líder tem tem duas grandes armas para enfrentar um problema: seus próprios recursos e o das pessoas que o apoiam.

    Os recursos próprios vem de seu conhecimento, seu repertório, suas habilidades e acima de tudo, suas atitudes. Em especial, a forma como reage ao se deparar com uma dificuldade. 

    Para exemplificar, pense na diferença entre ofensa e dano. A ofensa vem de fora, vem do outro e não está sob o nosso controle. Mas o dano que esta ofensa nos causa…isso sim podemos controlar. É como reagimos e recebemos a ofensa que a faz se tornar um dano ou não. Isso é nossa escolha.

    Quando um líder se depara com um problema, sua reação é chave para não ampliá-lo. E para que isso aconteça, o autoconhecimento e a autogestão, dois pilares importantes da inteligência emocional, são fundamentais. Saber entender nossas emoções, priorizar o foco de nossas pensamentos e modificar nossos comportamentos nos ajudarão em nossas reações.

    TODOS TEM RECURSOS.

    Como segunda grande arma, um líder conta com aqueles que o apoiam. Seja seu time, seus seguidores ou todos aqueles que ele inspira. A liderança não é solitária. Pelo menos não deveria ser. Não tem porquê fazer tudo sozinho. Aliás, não dá pra fazer tudo sozinho!

    A inteligência é coletiva.  

    Para acessá-la, temos que focar em três perguntas básicas:

    O quê vamos resolver? 

    Entender o problema é a chave para encontrar a solução. Muitas vezes o que parece ser o problema é apenas a ponta do iceberg de algo maior. 

    Vejamos um exemplo. Há casos onde um time parece não estar alinhado e trabalhando em uma mesma direção. Isso promove descompasso nas ações, perda de força para alcançar os resultados e conflitos entre as pessoas. Mas muitas vezes, ao se aprofundar no entendimento do problema, se percebe que a causa raíz da falta de alinhamento é a falta de direção. Os objetivos não estão claros. Como o time pode estar alinhado se não sabem para onde devem ir? Ao se descobrir e resolver o real problema, a falta de alinhamento também é resolvida.

    Por que precisamos resolver?

    Para que um grupo ou um time siga firmemente na resolução de problema é importante alinhar o propósito, o porquê faz sentido resolver aquele problema naquele momento. Qual a relevância de tratar este tema em face de outros que existem? Qual será o impacto individual, na organização e no mundo quando ele for resolvido?

    Ter um propósito nos faz mover montanhas, desviar de icebergs e de meteoros!

    Como vamos resolver?

    Entender qual é o problema e ter um propósito já é mais do que meio caminho andado para a busca de solução. Sabemos a causa raiz e temos motivação para agir! De novo, as perguntas funcionam como a melhor maneira de gerar insights e novos caminhos para a resolução.

    Mas não adianta só refletir, ter insight e não agir! Mão na massa e pé na tábua para fazer acontecer! Plano de ação, formas de medir resultados e acompanhamento são essenciais nessa jornada.

    E onde podemos resolver problemas de forma mais fluída?

    • Em ambientes com SEGURANÇA PSICOLÓGICA que permita o erro 

    “Confiar é escolher ser vulnerável e se arriscar”. 

    Vulnerabilidade e risco são fundamentais para se ter confiança. Não é à toa que a fala de Brené Brown sobre vulnerabilidade fez tanto sucesso. Ser vulnerável é uma das maiores provas de coragem. A confiança é o traço mais típico em uma equipe bem sucedida. Você não consegue construir uma equipe sem este traço. Isso quer dizer que elas admitem erros e pontos fracos e não temem serem punidas por isso. 

    Líderes são responsáveis por criar um ambiente onde as pessoas podem ser elas mesmas e ajudá-las a serem sua melhor versão. Isso só acontece quando há um ambiente de confiança. Neste ambiente, não há problema nenhum em assumir erros, em mostrar vulnerabilidade, em pedir ajuda. 

    • Em ambientes com COMUNICAÇÃO TRANSPARENTE

    Questionamentos ajudam a construir e não a destruir!

    A comunicação é algo que existe entre mais de uma pessoa. Ter receio dos questionamentos que virão não faz sentido. É preciso ser transparente na comunicação e deixar a “janela aberta” para o que poderá vir de retorno. 

    • Em ambientes que fomentam a APRENDIZAGEM CONTÍNUA

    Quando você sobrevive, você é resiliente. Você volta! Mas quando você aprende com o problema, com o desafio, com o obstáculo, você volta mais forte. Você se reinventa! E assim você começa a agir e não apenas a reagir há algo.” 

    É disso que as empresas precisam e os líderes e os ambientes organizacionais devem promover este tipo de ambiente propício a retroalimentação proporcionada pela aprendizagem. 

    Finalizo este texto com um outro filme e uma outra frase que ilustra que não temos certeza nem controle do que vamos enfrentar, mesmo que seja uma caixa de chocolate. O importante é estarmos preparados para reagir bem e agir diante dos desafios, em colaboração, mesmo que seja não saber qual o sabor do próximo bombom da caixa!

    “Mama always said life was like a box of chocolates. You never know what you’re gonna get.” – Tom Hanks (Forrest Gump)

    / para ler em seguida

    Soft Skills

    4 Soft Skills para Desenvolver em Seus Colaboradores em 2021

    Afinal, você sabe quais são as principais soft skills para desenvolver em seus colaboradores em 2021? Ainda não? Então, confira!

    De padeiro a empresário: a importância do olhar e do incentivo nas histórias empreendedoras.

    Alexandre Dantas fez parte da equipe técnica de suporte aos clientes (Foodservice) na Fleischmann Royal Nabisco, quando esta área era gerida por Flavia Perez, hoje sócia da Unblur Coaching...