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Eu me achava super empática até o dia que descobri 4 atitudes que eu precisava mudar
“Ser empático é saber se colocar no lugar do outro.” Então, bastaria logo imaginar “o que EU faria no lugar da pessoa”, “o que EU sentiria se aquilo acontecesse comigo”,” como EU resolveria se fosse ela” e, assim, estaria me colocando em seu lugar. Pronto, resolvido! A super empática em ação!
Se empatia é uma habilidade de comunicação, não bastaria focar no que eu preciso fazer, mas sim no impacto que gero no outro. Eu poderia até estar me sentido no lugar da pessoa, mas será que ela se sentiria compreendida?
Aprendi que nesta boa intenção de ser empática, acabo muitas vezes assumindo uma posição protagonista no contexto que nem sempre contribui para fazer com que o outro se sinta verdadeiramente compreendido e, acima de tudo, aceito.
Perceber a importância de ser “Compreendido e Aceito” foi como um clique para mim. Este é o verdadeiro impacto que a empatia gera no outro. E a partir daí a mágica acontece: a empatia aproxima as pessoas.
Como tantas coisas na vida, tudo é uma questão de foco e prática. Para absorver novas atitudes que me tornariam uma pessoa mais empática, precisei ter consciência das minhas velhas e equivocadas atitudes que precisavam mudar.
No meu exercício diário de empatia, foco em evitar 4 atitudes:
1- Evito dar conselhos. Quando eu ouço um problema e começo a aconselhar o outro, estou inconscientemente assumindo a posição protagonista de quem sabe das soluções. Esta atitude é das mais frequentes.
2- Evito me comparar. Isso acontece quando alguém me conta um problema e eu logo faço uma referência ao que também acontece comigo, mostrando o quanto entendo da situação já que vivo algo parecido ou até mais grave. É como se eu estivesse competindo.
3- Evito consolar. Percebo que consolar alguém não o ajuda a resolver seu problema e é quase uma demonstração de compaixão que coloca a pessoa numa posição ainda mais fragilizada. Ao sentir pena de alguém, inconscientemente subestimamos sua capacidade de superar e tirar aprendizados valiosos daquela situação.
4- Evito negar o problema e encerrar o assunto. Muitas vezes o problema do outro é algo insignificante para mim, simplesmente porque minhas necessidades são outras, minhas dores são outras e aquilo não faz sentido algum. No entanto, dizer “isso não é nada, logo vai passar” é tornar irrelevante algo importante para alguém, não importa o motivo.
O desafio da empatia, que tento praticar diariamente em casa, no trabalho e com amigos, é exercitar as atitudes fora deste padrão natural a que me acostumei. Sempre que consigo, sinto um benefício imenso para mim e para o outro. Sinto que pude ajudar de verdade, estreitar relacionamentos, negociar de forma muito mais efetiva e benéfica para todos.
Compartilho aqui meus exercícios diários:
- Observar sem julgar. Sinto que não preciso interpretar o que as pessoas me dizem, pois isso me leva automaticamente ao julgamento. Exercito ouvir com genuína curiosidade o que, de fato, esta acontecendo. Assim, consigo um juízo real da situação, sem fazer juízo de valor.
- Validar o sentimento. Ao ouvir o que uma pessoa sente (um desejo, uma dor, uma preocupação), busco assumir que por trás deste sentimento existe uma necessidade não atendida. Apenas confirmo o que ouvi e valido a realidade na perspectiva do outro, e não da minha. Afinal, temos valores e crenças diferentes.
- Fazer perguntas. O poder de uma boa pergunta aberta é exponencial, especialmente quando o foco é na compreensão do outro. Desperta na pessoa amplitude sobre si mesma. Gera oportunidade de refletir sobre o significado do que ela está te dizendo e de repente, surge a tal da clareza que é tão importante para tomarmos decisões! Isto aproxima a pessoa das soluções que está buscando.
A capacidade de ser empático é uma habilidade que podemos desenvolver e é fundamental para melhorar nossas relações interpessoais. A empatia abre muitos caminhos para o desenvolvimento profissional, uma vez que eleva o nível de convivência e cooperação, melhora nosso desempenho em negociações e no trabalho em equipe. Mas, acima de tudo, nos transforma em seres humanos melhores.