Entrega de resultado com um rastro de destruição. Conhece alguém assim?

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    Entrega de resultado com um rastro de destruição. Conhece alguém assim?

    -“Ah…ele não trabalha em time, mas entrega o resultado que precisamos”. 

    -“Ah…ela é prepotente e trata mal os outros, mas conhece bem o mercado e os clientes. Não dá pra ficar sem ela”.

    Quantas vezes você já ouviu isso? Pode ser seu líder ou um liderado seu. Sempre há pessoas que defendem os que, “em teoria”, estão performando, a despeito dos estragos que trazem a um time, ao clima organizacional ou ao negócio como um todo.Inclusive, digo “em teoria” porque liderança não é só sobre resultado. É sobre resultado e pessoas. Um e outro. Aqui não estamos falando de um ou outro. 

    Qual é o papel do líder na entrega de resultado, afinal?

    Líder que tem apenas um olhar para sua equipe e perde de vista o objetivo em comum, o resultado esperado, não está cumprindo seu papel. Além disso, o líder que só mira o resultado, sem cuidar do desenvolvimento e bem-estar de seu time, tampouco é um líder que devemos promover.

    Lembro de ter vivido um desafio profissional de ser a líder de uma líder assim. 

    Era uma mulher que atuava há 10 anos naquela área e conhecia bem o mercado, os produtos e seus players. Eu, experiente na gestão de marcas e pessoas, porém pouco experiente naquele mercado (como gostava de estar pelos desafios proporcionados e aprendizados adquiridos), fui avisada de que ela era difícil de lidar, mas sabia muito sobre o negócio e tinha contribuído bastante para seu crescimento até então. 

    Ou seja, meu papel era buscar estratégias de crescimento do negócio e o canal pelo qual ela era responsável era muito importante para este objetivo. Apesar de reconhecer sua expertise nas peculiaridades do negócio, em pouco tempo comprovei na pele a dificuldade de trabalhar com ela, em especial por sua prepotência e total falta de respeito com as pessoas de seu próprio time, seus pares e colegas de trabalho, comigo e, inclusive, com o próprio presidente da empresa. 

    É como se ela se sentisse “imexível” e protegida. “Sou difícil, mas ninguém me tira daqui”, ela deveria pensar. Como eu poderia aceitar isso?Tomada a decisão de demiti-la, promovendo um talento de sua própria equipe para substituí-la em sua função gerencial, fui surpreendida pelo anúncio de sua gravidez. 

    No meio da gestação de risco, ela perdeu o bebê e teve seu período de licença maternidade. Foi algo que deixou a todos muito sentidos por sua perda e solidários ao seu momento de luto. Entretanto, nada disso mudou seu comportamento, inadequado para times que liderei que tem a confiança e colaboração como valores inegociáveis. 

    Na sequência, ela logo engravidou pela segunda vez. Entre a nova gestação e a nova licença maternidade, foi mais de um ano de espera para poder desligar ela da minha equipe.Nunca tinha vivido algo igual, mas me dei conta de algo: o desenvolvimento só acontece quando a pessoa está aberta à mudança. Este não era o caso dela. Não me arrependo de não tê-la demitido logo que entrei pois precisava mapear a equipe e entender se ela tinha possibilidade de ser desenvolvida. 

    Mas, confesso que foi sofrido este tempo de convivência forçado além do que eu gostaria por fatores fora do meu controle. Comprovei que a performance de um líder deve ser medida não apenas pelos resultados trazidos ao negócio, mas pelo impacto que ele tem nas pessoas.

    As organizações precisam responder algumas perguntas importantes:

    • Quais são os comportamentos que destroem times e negócios? 
    • O quanto a empresa tem clareza sobre isso? 
    • E ao ter clareza, de que forma esses comportamentos dos líderes e seus impactos podem ser considerados como critério de análise de performance? 

    Conheço uma empresa do ramo alimentício que utiliza uma pontuação em sua avaliação de performance para ampliar ou cancelar um bônus. Notas baixas demonstram que o líder se comporta indo contra a cultura e os valores da empresa. Notas altas demonstram que aquele líder é um disseminador da cultura.Trata-se de um belo exemplo de um olhar para a liderança considerando resultado e impacto nas pessoas.

    Você já trabalhou com alguém assim? Conhece outros exemplos de empresas como a que mencionei acima? Compartilhe comigo!

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