Comunicação é parte essencial da liderança. Logo, a emoção também é

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    Liderança

    Comunicação é parte essencial da liderança. Logo, a emoção também é

    Nunca se falou tanto da necessidade de se olhar a liderança pela perspectiva humana. Palavras como sentimento, empatia, escuta, colaboração fazem cada vez mais parte do dicionário corporativo.

    A experiência recente com a pandemia mundial demonstrou nossa vulnerabilidade e isso nos fez olhar para dentro de nós, em uma busca de autoconhecimento. 

    Ou seja, forçadamente tivemos que sair daquele piloto automático no qual vivíamos. Perguntas como “O que quero para minha vida?” e “Como isso impacta minhas escolhas profissionais?” passaram a rondar a cabeça das pessoas.

    Além disso, o avanço exponencial da tecnologia e de máquinas que realizam de forma extremamente veloz funções antes executadas pelos seres humanos adicionou novos questionamentos: “Qual é o valor que entrego? Haverá espaço para todos? Como posso me diferenciar?”

    Neste contexto, temos que ter em mente sempre que por mais superpoderosas que sejam as máquinas, nós humanos somos mais!  

    Sabe porquê?

    Porque as máquinas aprendem processando grandes volumes de dados existentes, enquanto nós humanos usamos nossa imaginação para propor e comunicar ideias originais. E máquinas não tem imaginação!

    Em um mundo de big data, inteligência artificial e aprendizado de máquina, a CONEXÃO EMOCIONAL que nós humanos somos capazes de gerar é um grande diferencial.

    Anthony Goldbloom – especialista mundialmente famoso na utilização de big data para realizar tarefas, nomeado pelo MIT como um dos 35 maiores inovadores do mundo – diz que somos capazes de conectar ideias aparentemente discrepantes para resolver problemas. 

    Nenhum robô ou máquina ainda é capaz de substituir as habilidades que dão uma vantagem aos humanos: pensamento crítico, criatividade e comunicação.

    Hoje, quero falar mais sobre Comunicação. Vem comigo?

    O famoso introspectivo que investiu na comunicação

    Warren Buffett – na série Netflix “Como ser Warren Buffett” – fala que desenvolver sua habilidade de comunicação foi um dos principais investimentos que fez. 

    Ou seja, percebam pela própria história desta famosa figura pública o quanto seu perfil introspectivo poderia ser colocado como uma barreira para a expressão de suas ideias e pensamentos, mas ele identificou que poderia desenvolver essa habilidade. E assim o fez!

    Por que é importante desenvolver a habilidade de Comunicação?

    Cada um de nós tem tanta coisa interessante para contar que precisamos colocar isso para fora! 

    Parte do valor se perde se não conseguimos compartilhar nossas experiências, aprendizados e ideias. A capacidade de “vender essas ideias” sem dúvida dá uma vantagem competitiva. 

    Além disso, funciona para dar clareza sobre a visão, facilitando a execução.

    Adam Grant, professor de psicologia da Faculdade de Administração da Wharton da Universidade da Pensilvânia, argumenta que a originalidade requer defender uma série de ideias inéditas que vão contra a corrente. As pessoas originais e criativas esbarram em um obstáculo muito comum: a tendência humana de manter as coisas como estão. “Desenvolver ideias originais e comunicar essas ideias com eficácia é a maior habilidade que você pode desenvolver para assumir o controle do seu futuro”.

    O economista Matt Ridley em seu livro “O otimista Racional” fala que quando qualquer pessoa se vê livre para expressar uma opinião, a ideias começam a “se combinar e se recombinar, se encontrar e se acasalar” e esse acasalamento promove períodos de inovação.

    Em geral, as pessoas que quiserem permanecer relevantes em suas áreas de atuação precisarão se concentrar em habilidades e competências que a inteligência artificial tem dificuldade em replicar: entender, motivar e interagir com seres humanos. 

    A comunicação é o caminho.

    O papel da comunicação para a liderança

    Uma parte importante do papel de um líder é manter a missão e a cultura da empresa no centro de tudo e comunicá-las com frequência.

    Michael Moritz, autor de uma das primeiras biografias de Steve Jobs, diz: “você não tem como liderar uma pessoa e muito menos uma equipe ou organização se não for capaz de comunicar com clareza a direção que almeja seguir”.

    A comunicação é um pilar fundamental da liderança. Na verdade, é pilar de qualquer relação, não é mesmo?

    Aristóteles já falava sobre Comunicação há 2.300 anos atrás

    O filósofo grego Aristóteles já argumentava que os seres humanos são animais caracterizados pela linguagem e que a retórica é ao mesmo tempo uma arte e uma ciência. Inclusive, a maioria das pesquisas hoje neste tema e no estudo do cérebro reforça a hipótese original de Aristóteles.

    Ele fornece uma fórmula que permite desenvolver nossa inteligência emocional, exercitar nossa empatia e criar conexões significativas com outras pessoas.

     Ele acreditava que sem a conexão humana é impossível ter uma comunidade. Sem comunidade não há felicidade. Sem felicidade, não conseguimos prosperar.

    Toda palestra inspiradora, toda boa apresentação de Powerpoint e toda conversa que envolve o interlocutor, tem em sua essência a estratégia criada por Aristóteles há mais de dois milênios. Um orador deve sustentar um argumento usando três pilares: Logos, Ethos e Pathos.

    • Logos: é a razão por trás da mensagem. Ela necessita ter uma lógica para ser entendida.
    • Ethos: deriva da “ética” e relaciona-se à credibilidade de quem fala. Credibilidade vem da coerência entre o que você fala e o que você faz. Do contrário, você não será ouvido
    • Pathos:  é a emoção presente na mensagem e na forma como ela é transmitida

    O Ethos e, em especial, o Pathos tem muita destaque no processo de comunicação. E isso tem a ver com nosso cérebro humano. 

    Nós fomos programados para buscar conexões emocionais uns com os outros. Por isso a emoção é o caminho mais rápido para o cérebro.

    A emoção prende nossa atenção, sendo assim, o Pathos é a ferramenta para sermos mais inteligentes que as máquinas.

    Como investir e desenvolver nossa Comunicação?

    Todos nós temos o potencial de tocar o coração e a mente das pessoas para engajá-las e despertar a imaginação, exponencializando o “acasalamento de ideias” e nosso poder de impacto através da comunicação.

    Seguem algumas dicas para você:

    • Logos: invista no Lifelong Learning. A mentalidade de ser aprendiz continuo te colocará em um lugar de abertura para novos conhecimentos e facilitará a conexão de ideias.
    • Ethos: cuide de sua Marca Pessoal. Tenha clareza de sua proposta de valor, coerência na sua mensagem e consistência na sua jornada. Se sua imagem não condiz com quem você é e o quê você quer, não há autenticidade e, portanto, não é sustentável. Sua credibilidade está em jogo. Quem irá te ouvir assim?
    • Pathos: acesse seu universo de emoções. Desenvolva seu Vocabulário Emocional. Dar nomes a cada sentimento ajuda a nos conectarmos, primeiro com nós mesmos. Este é o caminho para nos conectarmos com o outro também. 

    Se não sabe por onde começar a desenvolver as dicas acima, me chame inbox e vamos conversar!

    E para se aprofundar mais sobre o tema sugiro o livro “Comunicação Cinco Estrelas” de Carmine Gallo e a série Atlas do Coração com Brené Brown na HBO Max.

    Até a próxima!

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