Hard Skills: o que são e por que ainda são relevantes?

O que se espera dos profissionais hoje no mercado de trabalho? Talento, colaboração, profissionalismo, hard skills? Tudo isso! Como nunca, as habilidades certas são exigidas das pessoas conforme suas profissões e áreas técnicas em que atuam.

De fato, comportamento e conhecimento técnico se complementam. Hoje, vemos os holofotes voltados às soft skills, afinal, nunca se precisou tanto de pessoas que saibam se relacionar bem.

Notamos isso, ao constatar que os profissionais têm medo do futuro. A geração Z, de pessoas nascidas entre 1995 e 2003, é a mais pessimista em relação ao futuro do trabalho, aponta a pesquisa global da ADP Research Institute.

O levantamento, que entrevistou 32 mil profissionais formais e freelancers de dezenas de países, aponta que a pandemia do novo coronavírus foi o principal propulsor dessa avaliação por parte da geração mais jovem no mercado de trabalho.

Temos, assim, um problema e é preciso que os mais jovens reforcem suas habilidades interpessoais. Mas, apesar da especial atenção que se dá às soft skills, não podemos nos esquecer das hard skills. Entenda o porquê e que diferença isso faz para os Recursos Humanos!

O que são as Hard Skills?

O termo hard skill corresponde, em português, às ideias, competências ou habilidades para realizar uma tarefa. Trata-se de capacitações técnicas que um profissional pode comprovar por meio de diplomas, certificados, testes práticos, entre outros. Ou seja, são habilidades adquiridas. 

Elas estão relacionadas ao domínio da ciência, tecnologia e habilidades técnicas de um nicho de conhecimento. Um palestrante, por exemplo, deve ter habilidades para conduzir e administrar aulas, planejar discussões em grupo, organizar turmas e escrever bem.

Hard skills: principais exemplos 

Alguns exemplos de hard skills são:

• Graduação, pós-graduação e especializações;
• Mestrado e doutorado;
• Proficiência em determinada língua estrangeira;
• Cursos técnicos;
• Certificações diversas;
• Habilidade em operar máquinas e utilizar softwares;
• Domínio de ferramentas.

As hard skills mais importantes dependem do tipo de função ou cargo que um profissional executa. E, como se pode perceber, além de serem desenvolvidas, elas podem e devem ser lapidadas.

Hard Skills mais procuradas

Aliás, há algumas dessas capacidades que são consideradas habilidades do futuro:

• UX/ UI Design;
• Programação e Desenvolvimento;
• Computação em nuvem;
• Inteligência artificial;
• Análise de dados;
• Gestão;
• Vendas;
• Blockchain.

Quais as diferenças entre hard skills e soft skills?

Vamos reforçar mais uma vez as diferenças entre essas habilidades, tão comuns aos Recursos Humanos.

Conforme detalhamos, hard skills correspondem ao domínio técnico. 

Já as soft skills são habilidades subjetivas, dificilmente mensuráveis, de um profissional. Elas estão diretamente ligadas ao perfil sociocultural de um indivíduo, ou seja, são adquiridas ao longo da vida e nem sempre depende da vontade da pessoa possuí-las. Portanto, são habilidades mais desafiadoras de se avaliar e até de reconhecer num primeiro momento, como numa entrevista de emprego, por exemplo.

Para ficar ainda mais claro o que significam as soft skills, confira alguns exemplos a seguir.

Soft skills: principais exemplos 

As principais habilidades interpessoais no mercado de trabalho são:

• Resiliência;
• Resolução de conflitos;
• Comunicação interpessoal;
• Proatividade;
• Colaboratividade;
• Liderança;
• Empatia;
• Proatividade.

Por que as hard skills são importantes para as empresas?

Como já explicitado, hard e soft skills andam de mãos dadas: enquanto uma lida com o trabalho técnico em si, a outra trata das relações humanas. 

É importante pontuar que as hard skills ajudam a estratificar o tipo de perfil ideal para cada vaga, tornando mais eficientes os processos seletivos. 

Assim, mapear as habilidades técnicas necessárias numa empresa facilita a elaboração de um descritivo de oportunidades, criação de um banco de currículos e da triagem de currículos recebidos.

Com isso, as vagas terão descritivo mais claro e objetivo, as entrevistas e o processo seletivo serão bem orientados e estarão mais alinhados às necessidades técnicas da posição a ser preenchida, o que é fundamental. No entanto, para que o processo de recrutamento possa identificar se o candidato atenderá ao que será esperado dele do ponto de vista comportamental, a avaliação dos soft skills já desenvolvidos é complementar ao processo. Em uma análise final, identificar os valores e as motivações do candidato adicionalmente darão um forte direcionamento para o que chamamos de fit cultural.

Ao final, tudo isso se traduz em processos seletivos mais eficazes, retenção de talentos e até mesmo redução de custos.

Como você viu nesse artigo, mapear as hard skills em uma empresa é o ponto de partida  para recrutamentos melhores e consequente maior produtividade das equipes. E, por falar nisso, continue a leitura e veja mais sobre o que já pincelamos um pouco aqui, as soft skills!